sexta-feira, 30 de abril de 2010

(2010/123) COMUNICADO DO DIRETOR GERAL


COMUNICADO AOS EMPREGADOS, PROFESSORES E ALUNOS
REF.: ANTECIPAÇÃO DO PAGAMENTO DOS SALÁRIOS DE ABRIL/2010


Prezados membros da Comunidade Acadêmica do Seminário do Sul,

Estamos vivendo momentos de intensa emoção e ansiedade pelas definições das mudanças que deverão ser implementadas a fim de que alcancemos o equilíbrio econômico-financeiro da Instituição. Como sempre tenho declarado, creio na viabilidade do Seminário do Sul e creio mais ainda no poder de Deus agindo para nos abençoar.

Conforme definido na última reunião do Conselho Geral da CBB, a partir de abril/2010 nossas receitas devem ser suficientes para cobrir nossas despesas. Estamos no caminho para atingir este desafio. Estou consciente do atraso dos salários dos meses de fevereiro e março. Para minimizar os impactos deste atraso, estamos, desde ontem e de acordo com a disponibilidade de recursos, antecipando o pagamento dos salários de abril. De acordo com o histórico do comportamento do fluxo de caixa, amanhã estaremos concluindo o pagamento de toda a folha de abril.

Mais uma vez, quero expressar meu pedido de desculpas por esta situação e novamente afirmar que estou empenhando todos os esforços para que isso não volte a acontecer.

Quanto aos salários de fevereiro e março, deveremos ainda aguardar as negociações de outras dívidas da instituição para que tenhamos uma definição mais clara de como serão colocados em dia. Tão logo tenha esta informação, compartilharei com todos vocês.

Muito obrigado pelo apoio e comprometimento com nossa missão!

Atenciosamente,


Pr. Davidson Pereira de Freitas
Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil
Diretor Geral
102 anos formando pastores e líderes para transformação do Brasil

quinta-feira, 29 de abril de 2010

(2010/122) Precisamos de alunos


1. Meus amigos, minhas amigas, colegas, alunos e alunas, companheiros e companheiras: nós precisamos de alunos!

2. Estamos prestes a iniciar as operações de revisão da estrutura de custos da Colina. Será tão drástica a redução de custos que, calcula-se, com a sua diminuição, o eixo da órbita do planeta será afetado em 0,1 grau! :o) Os cortes são sinceramente necessários.

3. Mas os cortes não resolvem definitivamente a situação. O que resolverá - efetivamente - a situação é o ingresso de muitos alunos. Nós precisaríamos, para 2011, duas turmas bonitas de Teologia e de Música - por enquanto, não podemos sonhar com uma turma bonita de Pedagogia, mas, quem sabe, em breve? Se conseguíssemos 60 alunos de Teologia e 60 de Música (o máximo de alunos por turma), nós resolveríamos o problema de caixa da Colina, naturalmente que consideradas as medidas de saneamento em estudo/curso. Eventualmente, 120 alunos de Teologia seria ótimo. Consideraríamos até a reabertura da manhã, com 60 alunos, ou, alternativamente, manteriamos duas turmas de 60 à noite.

4. Gostaria de pedir a vocês que fizessem um esforço de convencimento de amigos/a e irmãos/ãs de suas respectivas igrejas. Ah, se as 120 maiores igrejas batistas do Estado do Rio mandassem, cada uma, um aluno. Ah... Ah, meus irmãos e amigos! Seria maravilhoso. Se isso acontecesse já agora no segundo semestre seria inacreditável! Mas podemos sonhar com isso para 2011.

5. Não duvidem: dentro de pouco tempo haverá aluno disputando vaga, como nunca houve. Haverá gente sendo recusada, mesmo aprovada, no Vestibular, porque mais gente do que vaga se terá inscrito. Não tenho duvidas. É só tudo o que está previsto realmente acontecer. Mas eu queria desafiar vocês a adiantar esse tsunami de alunos: por favor, acreditem na Colina, e empenhem-se em trazer + 1. Traga + 1. Cada um de vocês, traga + 1. Lança teu pão sobre as águas, vai. Igrejas, lançai vosso pão sobre as águas! Irmãs, lançai vosso pão sobre as águas!



OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Coordenador Geral Acadêmico

(2010/121) Nem pior nem melhor - diferente


1. Um amigo - professor - e eu discutimos as características comunicativas de Coordinatum. Conquanto seja outro intelocutor, um tema retorna à pauta: transparência. Falávamos sobre o "risco" de algumas coisas que digo, e, principalmente, a forma como as digo, de não serem exatamente compreendidas, já que alguém que leia Coordinatum eventualmente não me conhece... É verdade.

2. Quanto a isso, uma informação/afirmação. Coordinatum não quer ser melhor - muito menos pior - do que qualquer outro sistema de comunicação. Quer ser, sim, isso sim, diferente. Diferente não apenas no fato de sua escancarada transparência, mas, também - "meio é mensagem!" - no modo de dizer as coisas. Tento imprimir informalidade, jovialidade, humor, ironia. São marcas pessoais. Estamos na "rede mundial de computadores" - não há razão para ser austero no linguajar, na retórica. Posso ser coloquial. Sou coloquial. Meus alunos que o digam: sou em Coordinatum o que sou em sala de aula e o que sou na vida.

3. Não há transparência de discurso, se não há transparência também na articulação do discurso. Quero a transparência, mas quero também um ambiente de informalidade cordial e coloquial, sem afetações, sem empolações, sem aristocracias disfarçadas em "regime de norma". O respeito à Coordenação não deriva de trejeitos e pantomimas que eu encene - deriva do cargo em si.

4. Se há quem possa confundir as coisas? Há. Há alunos que confundem. Há professores que confundem. Há funcionários que confundem. Aí, você vai e "desconfunde", põe os pingos nos is, até que as coisas estejam claras. É processo. Não se opta por transparência, se faz e a coisa acontece, automaticamente. Opta-se por transparência e vai-se tentando construí-la, acertando, errando, corrigindo.

5. Não sabemos se Coordinatum permanecerá indefinidamente. Enquanto permanecer, terá a minha cara, que é a cara que meus alunos conhecem, que eu conheço, que meu espelho vê diariamente. Isso sou eu. Pode ser bom, pode ser ruim. Mas sou eu. Disso, não se pode duvidar... E quem, lendo Coordinatum, eventualmente não me conhece, manda um e-mail, liga, dá um alô. Não convidaria para um café, que a coisa aqui está "preta", mas, quem sabe, ano que vem, já não possamos convidá-los para um expresso à moda? Aí, você vem, toma um café e aproveita e faz matrícula.


OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Coordenação Geral Acadêmica

quarta-feira, 28 de abril de 2010

(2010/120) Sobre FORMANDOS de 2010


1. A Coordenação está procedendo à análise acadêmica de todos os formandos de 2010 - Teologia, Música e Pedagogia. Isso significa que os formalmente matriculados em qualquer dos dois últimos semestres de sua grade formal não precisam solicitar a análise, porque ela está sendo feita automaticamente.

2. Todavia, SE HOUVER ALUNOS/AS QUE PRETENDEM SE FORMAR NO FINAL DO ANO, mas não fazem parte das turmas regulares de formandos, solcitamos que formulem o pedido de análise na CAE, seja a formatura prevista para junho ou dezembro.

3. Repito: alunos matriculados no último ano (dois últimos semestres) regular(es) de sua grade, não precisam solicitar análise. Todos os outros, sim: se você pretende se formar em 2010, mas não faz parte das turmas regulares de formandos, formalize requerimento de análise acadêmica na CAE imediatamente.


OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Coordenação Geral Acadêmica

(2010/119) Do fechamento do turno da manhã - Teologia


1. Tão "agoniado" estava o pobre, coitado, que ele precisava falar comigo. Pela cara dele, vi que precisava mesmo. Conversamos, pois. Queria saber "que história é essa de fechar o turno da manhã de Teologia"...

2. Pois bem: tudo o que ele falou estava certo. Um pouco auto-referenciado, é verdade - por exemplo, "por que fechar o turno da manhã e não o da noite?") -, mas, a despeito disso, tudo muito verdadeiro. No entanto, tudo o que eu disse, em resposta, também é igualmente verdadeiro. Logo, não se trata do confronto de duas verdades, mas da questão: o que é que poderia, alternativamente, ser feito? Até onde eu vejo, dadas as condições estabelecidas, nada. Alternativamente, nada.

3. Você ganha 500,00. Gasta 1.000,00. O que você faz? Ou corta os pulsos ou corta os gastos. Cortar os pulsos, para o Seminário, é fechar. Eu é que não vou trabalhar para o fechamento da Casa! Trabalharei para corte de custos. Também essa é a posição do Diretor.

4. A operação de guerra para mudança de regime não foi suficiente. Some-se a isso o dissídio coletivo da categoria, que aumenta as despesas justo agora! Queridos: segunda-feira, quando Davidson e eu descobrirmos que nem arranháramos o valor-meta, em vez de sentarmos no meio-fio e lamuriarmos a má sorte, imediatamente, com o coração na mão, com a faca nos dentes, começamos a caçar outro modo de somar centavo a centavo aos recursos economizáveis.

5. Poder fechar o turno da manhã - com o perdão da franqueza - é uma dádiva. Em termos de gestão, qualquer gestor gostaria de ter uma "saída" assim, por pior que ela pareça - entendem? Isso significa que tem onde a gente interferir para a salvação do todo. Sim, quem não migrar vai sofrer abalos. Não é nada de vida e morte, contudo. Não, não é o "ideal" - nem de longe. Mas é algo que pode ser levado a termo com o mínimo (mas não sem nenhum) transtorno. Podemos adminsitrar os casos mais graves, caso a caso, como, por exemplo, Monografia. Haverá, provavavelmente, casos mais delicados. Mas isso se resolve. Tudo, absolutamente tudo na vida, tem solução - exceto a morte.

6. Meu pedido é, pois, pela migração. O ideal seria que todos migrassem da manhã para a noite: isso significaria, com pouca margem de dúvida, o que eventualmente falta para o equilíbrio, somadas as demais ações já previstas. Contudo, os alunos que permanecerem pela manhã, procuraremos dar a eles o melhor tratamento. É o mínimo que podemos fazer.

7. Se alguma solução alternativa, viável, não utópica, for pensada - por favor, avisem-nos. Talvez seja nossa pouca visão que esteja nos levando a ações "radicais". Ou, talvez não: talvez seja que a doença é mais grave do que alguns pensam que é. Acostumados que estamos, por anos a fio, a estalar os dedos, e o dinheiro aparecer, é mesmo chocante a nova situação. Se era para ser assim não sou eu que vou discutir, e muito menos agora. O fato é que é assim que é. Então, é nesse cenário que trabalhamos. Venham as dificuldades que vierem, nós as contornaremos. Mas é certo que não vamos abraçar o porco-espinho sem ferimentos. Professores pagarão um preço. Alunos pagarão um preço. Funcionários pagarão um preço. Só aumentou o percentual de contribuição de Teologia - que, a despeito de, até aqui, ter segurado grande parte dos prejuízos, ainda vai arcar com mais essa conta.


OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Coordenador Geral Acadêmico

(2010/118) Informe do dia


1. Informe do dia: não há informe :o)

2. Deus me perdoe por ainda tentar ser bem-humorado nessa situação. Mas fazer o quê? Vamos que vamos...

3. Depois das seis horas de trabalho e das "trocentas" planilhas, o senhor Diretor conseguiu perder tudo, naquele laptop com urucubaca que ele tem. Quase infartou. Todavia, como os cálculos tinham sido milimetricamente feitos durante as seis horas de reunião da segunda-feira - em cadeira dura! -, no dia seguinte, em uma hora de trabalho, tudo foi refeito. Era a "prova" de que estávamos com o pé em cima da coisa, de modo que era possível reconstruir tudo exatamente como fora feito. Ficou até bonita a planilha principal. Tão grande que, pra imprimir, só colando duas folhas...

4. Agora as informações estão oficialmente de posse da Diretoria Executiva da CBB. Voltamos ao ponto de espera. Já estamos ficando craques nisso.

5. Assim que a Diretoria da CBB tomar sua decisão, começamos a operação. Daqui há uma semana e meia, teremos visita do MEC. Ah, nada como viver perigosamente... Haja coração.

6. Um pouco mais de paciência, companheiros e companheiras. Acho que se trata de um dos "frutos do Espírito", então não me peçam a mim por ela, peçam a Ele. Acho que Ele tem me dado lá uns tachos bem fornidos de paciência e calma. Mas eu continuo achando que Deus gosta é de dar risadas com a nossa cara de desepero, de vez em quando, e, por isso, manda umas tempestades pra cima da gente... No que diz respeito à minha cara, ele deve estar se esborrachando de rir, então...

7. Mas a gente segue em frente. Acreditar é um exercício. Os músculos da minha "acreditação" devem estar bombados...


OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Coordenador Geral Acadêmico

terça-feira, 27 de abril de 2010

(2010/117) Quase lá


1. Há quem observe o avanço das operações internas, para o alcance do equilíbrio financeiro do Seminário do Sul, e, no fundo da alma, recalque um pensamento: mas a que preço? É verdade. A que preço? O preço caro de atropelos de não pouca monta.

2. Todavia, pensemos diferente. Que preço estamos pagando, a Denominação está pagando, as igrejas mantenedoras da Denominação estão pagando - por uma sangria mensal tão absurda quanto a nossa? Que preço? Bem, o preço já exaustivamente divulgado, que ultrapassa a casa dos R$ 100.000,00, sem contar juros bancários. Esse, sim, é um preço inadmissível.

3. Diante desse preço inadmissível, o preço a ser pago para a sua correção se torna irrisório. Se quem, na ponta real, pagará o preço, é quem o devia pagar, não vem ao caso, agora. Vem ao caso que coube a nós a tarefa de pagar o preço. Quanto custará? Em moeda humana, frações da vida da gente, que ninguém passa por isso sem perder dias, semanas, meses?, de vida.

4. Mas eu penso nas igrejas que contribuíram com a Denominação, e penso na situação de dívida desta Casa, dívida que tem sido sustentada com o dinheiro daquelas igrejas, algumas pequenas. Isso não pode continuar. Alguém tinha que - tem que - dar um basta nisso.

5. Há quem ache que o que basta é fechar a Casa. Respeito a idéia. É aquela primeira, do fígado. Mas há uma outra, do coração e das tripas: fazer das tripas coração para reverter a hemorragia, conter a sangria, e "salvar" o doente. É difícil. Mas acho que chegamos lá. Se não chegamos, ainda, está por um "quase". Um "quase". Chego a sentir orgulho de participar da equipe que o fará, nem que seja a toque de caixa. Daqui a alguns anos, lembraremos desses dias, lambidas as feridas, e nos animaremos. Não será o caso, não senhores, de ter saudades desses dias, mas de olharmos para eles com outros olhos.

6. Ah, eu não tenho dúvida - essa Casa vai ficar tão bonita, e tão forte, que a fila para sentar nas cadeiras vai aumentar. Não me importo. Ter ocupado a cadeira em dois momentos tão importantes, conquanto difíceis, marcou minha vida. Está de bom tamanho.


OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Coordenação Geral Acadêmica

(2010/116) Atualizando as informações - Teologia


1. Seguindo a prática de apenas tornar pública informação já compartilhada diretamente com os envolvidos, e mantendo ainda a prática de tornar pública uma informação a fim de garantir a uniformidade de sua divulgação interna e externa, a Coordenação informa o que segue.

2. Depois de concluídos os cálculos, rescisão a rescisão, mudanda de regime a mudança de regime, a Direção da Colina e a Coordenação Acadêmica "descobriram" que não se tratava de uma operação suficiente. Mesmo com esse enorme, hercúleo trabalho, não alcançamos a meta - muito menos o equilíbrio financeiro necessário, desejado e exigido.

3. Uma série de decisões foram tomadas, e, dentre elas, já informada às quatro turmas da manhã - o fechamento do turno da manhã de Teologia. A partir do semestre que vem, o Curso de Teologia funcionará apenas no turno da noite. Todos os alunos deverão migrar para o turno da noite, naturalmente, dando seqüência normal a seus estudos.

4. Os casos de excepcionalidade, ou seja, os alunos que não puderem, sob nenhum hipótese, mudar para a noite, permanecerão de manhã, com reordenamento de turmas. Será mantida uma única turma pela manhã, de modo a garantir a integralização de todos os créditos do curso dos alunos que não puderem migrar e, óbvio, a conclusão de seu curso e obtenção de seu diploma.

5. Com essa operação, a economia corresponderá a 3/4 da folha de Teologia do turno da manhã, o que constitui um avanço significativo, dos mais importantes, para o alcance do equilíbrio financeiro.

6. Pessoalmente, gostaria de agradecer aos alunos das turmas da manhã. Quiseram os céus que essa fosse a segunda vez que a Coordenação, sob minha titularidade, extinguisse o turno da manhã. No início da década, quando o Diretor era o Pr. Israel, fizemos o mesmo. Naquela ocasião, o ânimo relacional no campus era péssimo, péssimo. Aliada a uma falta de tato de minha parte na negociação do "pacote", o resultado foi a permanência de um contingente de alunos muito, muito aborrecidos, que não escondiam sua animosidade, compreensível. Hoje de manhã, contudo, apesar da sensação psicológica de assistir ao mesmo filme, a reação das turmas foi de absoluta compreensão e cooperação. Mesmo aqueles que não poderão migrar, nem esses reagiram de modo inamistoso. Muito, muito obrigado. Na condição de Coordenador, não é essa uma decisão que eu gostaria de tomar, porque, para os que permanecerem de manhã, haverá um certo atropelo da Grade Curricular, nada recomendável. Mas o senhor Diretor e eu estamos convencidos de que se trata de uma ação necessária, sem a qual, todo o esforço até aqui empreendido resulta inútil. Obrigado, pois, amigos e amigas, e perdão pelo transtorno. Perdão e obrigado.


OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Coordenação Geral Acadêmica

(2010/115) Tópicos Especiais de Música - a Coordenação cochilou


1. Caros e caras alunos, alunas, professores e professoras do Curso de Música. A Coordenação cochilou. Havia decidido, após consulta ao Theógenes, que me assinalou soluções, adiar a semana de Tópicos Especiais Livres - a semana especial, na capela, que corresponde ao "crédito" semestral. A semana, decidimos, seria adiada para o próximo semestre. O adiamento se fazia necessário, primeiro, pelo fato de estarmos passando por dificuldades que exigem meu acompanhamento diário, e que me roubam toda atenção, e, segundo, porque não havia tempo de prepararmos algo que não parecesse um "tapa-buraco". Assim, decidimos adiar a semana de Tópicos Especiais do Curso de Música.

2. Onde a Coordenação cochilou? Na data: devia ter avisado, e não avisei. A semana deveria estar acontecendo essa semana. Não está, porque não preparamos os eventos, e adiamos o crédito. Mas eu devia ter avisado. Cochilei. Como alguns alunos cochilam em acompanhar o Calendário, apenas uma pessoa, até agora, cobrou, e foi informada. Aos demais, aviso agora por meio de Coordinatum.

3. No próximo semestre, acertamos esse crédito e mais o crédito do semestre em questão.


OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Coordenação Geral Acadêmica

(2010/114) Outra segunda-feira exaustiva


1. Ontem, segunda-feira, estivemos reunidos o senhor Diretor, Tarso (RH) e eu, das 13:30 às 20:00. Debruçamo-nos sobre os cálculos e as conseqüentemente necessárias ações para completo e definitivo atingimento do equilíbrio econômico-financeiro da Colina. Foi uma reunião longa e cansativa - nossas cadeiras duras, de mil novecentos e Deus-sabe-quanto, matam as costas da gente. Ao final, um sentimento de que faltou um "quase"...

2. A primeira e desagradabilíssima percepção foi de que a mudança de regime de contratação de professores, com a flexibilização da cláusula de barreira das horas-aulas praticadas em classe (Acordo Coletivo de Trabalho), sozinha, não bastará. Está mantida e será feita, mas, sozinha, não "sai do outro lado". A economia não é, contudo, desprezível - além de, aí, sim, fator de extraordinária relevância, passarmos a ter um corpo docente menor, com regime de dedicação e mais administrável.

3. Contudo, o foco da questão é a sobrevivência da Casa - e de nada adiantaria um corpo docente "perfeito", com as portas fechadas. Daí, horas e horas a tentar, de alguma forma, estabelecer uma, duas, três, quantas alternativas a mais de que se pudesse dispor.

4. Elaboraram-se planilhas de cálculo, caso a caso, centavo a centavo. E chegamos a um "quase", que, eventualmente, é suficiente, o que saberemos na sexta, com a reunião que o Diretor terá com seu staff administrativo e financeiro. Lá, então, poderemos dizer se, finalmente, zeramos - no papel - nossas contas. A certeza que temos é que conseguimos uma economia fantástica. Mas queremos a "perfeição".

5. A partir de hoje, terça, passamos a informar internamente as novas diretrizes de ação, acrescentadas às anteriores, e decididas ontem. Assim que homologadas pela Direção da Colina, comunico-as em Coordinatum.

6. Eu teria preferido que ontem mesmo tivéssemos saído da reunião com a "certeza" de termos chegado ao número adequado. Considerada a porção "velha" do desequilíbrio, assumida pela CBB, chegamos a uma economia de praticamente o mesmo valor, de modo que "dobramos" a economia anterior. É preciso, agora, garantir, primeiro, que os cálculos tenham sido feitos de modo absolutamente corretos, e que, o mais importante, o valor seja suficiente para "zerar" nossas contas. Se tivermos conseguido, terá sido um trabalho memorável.

7. Tão logo quanto possível, informo aos leitores os detalhes das operações decididas. Por enquanto, é pedir a Deus que continue a nos dar ânimo e força. Há horas em que o "espírito" parece querer apenas ir embora, como Elias, para a caverna... Aí, a gente vai e percebe que parece que os planos Dele são bem outros: deixar a gente no olho do furacão... Quanto a mim, desisti de tentar "entender" Deus. Oxalá ele saiba o que está fazendo. E nós, também.

8. Por favor, tenham paciência por um pouco mais de tempo. É possível que estejamos finalmente perto de superarmos esse já por demais longo desconforto.


OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Coordenação Geral Acadêmica

segunda-feira, 26 de abril de 2010

(2010/113) Informe (e pedido) da Coordenação


1. A Coordenação Geral Acadêmica gostaria de deixar absolutamente claro que Coordinatum tem por objetivo exclusivamente funcionar como canal de comunicação entre a Coordenação e o campus do STBSB, oferencendo informações diretas e transparentes, a fim de: a) evitar comentários desautorizados ("modo" corredor), b) garantir a fidedignidade das informações ("telefone sem fio"), c) proporcionar maior tranqüilidade aos alunos, professores e funcionários da Colina.

2. Não há qualquer interesse ou intenção política em Coordinatum que não seja essa. Não se presta a "alimentação" de assim interpretados como "terceiros agentes", cuja função seria exercer "pressão" sobre liderenças, autoridades e responsáveis denominacionais.

3. Após o lançamento de Coordinatum, tem havido maior transparência nas informações e, a despeito de nem sempre serem as mais esperadas as informações disponibilizadas, elas têm tido sempre o efeito de acalmar a comunidade - porque o que tem chegado aos ouvidos da Coordenação é que, mais do que a falta de ação, é a falta de informação a maior causadora de estresse e angústia.

4. A Coordenação não transformaria, sob nenhuma hipótese, um instrumento útil à comunidade em instrumento de "pressão" política, porque entende que a relação com a Diretoria da CBB cabe exclusivamente à Direção Geral do Seminário. A Coordenação não é veículo de intermediação com a Direção da CBB, nem se entende por tal.

5. A Coordenação Geral Acadêmica, portanto, desautoriza qualquer uso do teor divulgado em Coordinatum para fins que não exclusivamente a informação dos alunos, professores e funcionários da Colina - e pede sua compreensão e cooperação nesse sentido. O que não significa que as informações aqui contidas não sejam de interesse, também, da comunidade batista brasileira, e isso pela única razão de ser esta Casa "órgão" oficial da Convenção Batista Brasileira.

Irmanalmente,


OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Coordenação Geral Acadêmica

(2010/112) Bom dia, Colina!


1. Que seja esse que se inicia um bom dia para todos nós.

2. Bem, há possibilidades de, finalmente, ser decidido o "tempo" das demissões ainda essa semana. Os acertos necessários estão sendo processados, os cálculos, ultimados, e, então, o senhor Diretor tratará pessoal e diretamente com a Diretoria da CBB a respeito dessa delicada e importante questão. Manterei a todas e a todos informados.

3. A Coordenação não tem informações novas a respeito dos salários (02 [alguns já foram pagos] e 03/10) em atraso. De "certo", sabe-se que os salários de abril (pagos em maio), já são de nossa responsabilidade. Contudo, é sabido que, sem as demissões previstas nas metas da Diretoria da CBB, não há chances reais de a Colina, por si só, fazer frente à folha de pagamento. Segundo informações já neste blog divulgadas, a Colina está rodando no vermelho em R$ 107.000,00. Considerada uma folha de pagamento alguma coisa entre 130.000,00 e 150.000,00, resulta óbvia a conclusão de que 2/3 da mesma não podem ser pagos, sem que o equilíbrio financeiro da Instituição seja alcançado - para o que, contudo, dependemos das demissões, que, por sua vez, dependem do "tempo" de decisão e ação da Diretoria da CBB.

4. O Diretor da FABAT está inteirado das circunstâncias, e empenhado em contorná-las junto à Diretoria Executiva da CBB. A Coordenação manterá a comunidade da Colina informada.

5. Trata-se essa de uma situação muito delicada, e não há nada de positivo em ela coincidir com a visita do MEC. Digamos assim: em termos "teológicos", Deus gosta de levar a gente até o limite da confiança... Não me importo (tanto) de jogar esse jogo. Todavia, se tudo der certo, os louros são - e são! - de Deus. Mas, se der errado, ai "minhas" costas... Antes do encontro cultural entre Israel e a Pérsia, a religião israelita/judaica cria que Yahweh fazia tanto o bem quanto o mal (Is 45,7). Depois dos persas, os judeus mudaram o modo de pensar, e passaram a acreditar que Yahweh só (pode) faz(er) o bem, não o mal. Aprendemos assim, até do Novo Testamento. De modo que é fácil creditar a Deus as coisas boas, mas não podemos creditar a ele as ruins - aí, só restam duas alternativas: ou as nossas costas, humanas, ou as do diabo... Yahweh, Yahweh, segura essa, meu bom amigo...


OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Coordenador Geral Acadêmico

domingo, 25 de abril de 2010

(2010/111) Contagem regressiva - duas semanas


1. Apesar de tanta coisa muito, muito importante a acontecer - demissão de professores, atualização dos salários em atraso, alcance das metas da Diretoria da CBB, apesar desses acontecimentos necessários e importantes, dentro de duas semanas acontecerá a visita do MEC, para - queira Deus! - Reconhecimento do Curso de Teologia.

2. Quero pedir a todos os alunos, todos os professores e todos os funcionários que estejam concentrados nessa visita. Precisaremos de vocês. É uma chance de ouro, de diamante, de platina, para podermos levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima.

3. Que Deus esteja conosco.


OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Coordenador Geral Acadêmico

sábado, 24 de abril de 2010

(2010/110) Liderança na Era da Transparência


1. Amados, li um artigo de uma revista de gestão que fala sobre a transparência nas empresas como ferramenta para conquista de clientes e ampliação de seus negócios. Enquanto lia, pensava em nós, nossas igrejas e organizações denominacionais. Daí, escrevi o texto abaixo que compartilho com vocês.



LIDERANÇA NA ERA DA TRANSPARÊNCIA


Vivemos um tempo desafiador em inúmeros aspectos. Numa sociedade globalizada com acesso extremamente rápido a informações que são disseminadas pelos mais acessíveis meios de comunicação, as organizações corporativas estão direcionando parte de seus esforços para desenvolver um relacionamento de confiança com os chamados stakeholders – pessoas ou entidades que afetam ou são afetadas pelas atividades de uma organização (clientes, fornecedores, empregados, acionistas, associações, sindicatos, governo entre outros). Para que este relacionamento de confiança se fortaleça é preciso ter transparência. Em nenhum outro momento da história da humanidade a transparência foi tão requisitada como agora. As organizações têm suas atividades e seus desdobramentos monitorados continuadamente pelas partes interessadas. Isso reforça a necessidade de assumir as responsabilidades inerentes aos seus processos produtivos. Mas, isto não é mais suficiente para os dias de hoje: as organizações estão indo além e agindo até em situações que não estão diretamente relacionadas às suas atividades, mas que impactam a realidade ao seu redor. Isso tem ido além da responsabilidade social e ultrapassa até as definições por órgãos governamentais.

Hoje, as relações estão mais complexas e com isso, problemas e fatos considerados comuns no passado causam estranheza e reações contundentes. Certamente que esta evolução e complexidade são saudáveis para a sociedade. A sensibilidade do cidadão comum evoluiu e o acesso a informações tem acelerado este processo e facilitado sua reação a tudo que está à sua volta.

Apesar deste contexto, muitos ainda têm medo da transparência, acham que representa um grande risco e insistem em manter muitas informações sob controle. Estes, gradativamente têm perdido sua credibilidade e com isso, a capacidade de manter suas posições no mercado. Infelizmente, muitos não estão preparados para a transparência e acabam usando as informações que têm acesso para manipular o pensamento coletivo. Podemos ver isso em muitas manifestações e protestos que usam parte das informações para tentar conduzir a massa contra empresas e produtos.

Em nosso meio não é diferente. Cada vez mais se espera transparência e verdade sobre as atividades de nossas organizações. Quanto mais transparência, mais credibilidade e maior a participação dos crentes batistas e suas igrejas. Vivemos compartilhando informações via internet, conter esta corrente é, no mínimo, insanidade. A liderança de nossas organizações tem a oportunidade de utilizar esta realidade a nosso favor, compartilhando com todos os envolvidos e alcançados por nossas atividades as informações sobre tudo o que fazemos.

A transparência contribui de forma relevante para que as responsabilidades de todas as partes sejam conhecidas e assumidas. Assim, responsáveis não poderão se esconder nas cortinas de fumaça que impedem o conhecimento de informações importantes de suas atividades. Por outro lado, igrejas e membros também saberão claramente seu papel em todo o processo de crescimento do Reino de Deus através de nossa denominação.

A transparência também contribui para a unidade. Quanto mais se sabe, mais se confia e quanto mais se confia, mais possível é unir forças por um objetivo comum. Temos um Brasil para ser conquistado para Cristo; temos um mundo inteiro a ser resgatado das trevas do pecado; gente que precisa conhecer a misericórdia e amor divinos através de nosso ministério, de nossa atuação marcante em nossa geração. Para agir salvando, transformando e influenciando vidas, precisamos estar preparados, firmes em nossa convicção, unidos em um objetivo comum, confiando mutuamente uns nos outros e dependendo do Senhor para nos guiar nesta célebre e honrosa trajetória.

A liderança precisa estar preparada para este tempo, sem medo, sem restrições, abrindo espaço para um amplo diálogo com a sociedade, especialmente em nosso caso, com os membros de nossas igrejas, para que haja uma participação dos batistas brasileiros mais relevante para nossa nação e para o mundo. A transparência, o fluxo de informações e o debate construtivo e criativo podem ser ferramentas importantes para que nossa influência no mundo seja marcante e positiva.

Temos o desafio de ser exemplo, sal da terra e luz do mundo. Não precisamos seguir o exemplo do mercado corporativo, mais que isso, devemos seguir o exemplo deixado por Cristo que não escondia os propósitos do seu ministério, não fugiu de assumir suas responsabilidades, que compartilhou com alegria e não teve medo de enfrentar as conseqüências de tudo o que fez, mesmo representando morte e morte de cruz. Fez tudo isso por amor a nós. O que temos feito por amor a Ele.

Avancemos então com transparência e sinceridade, fidelidade ao Senhor e comunhão pelo vínculo da paz, para que o mundo saiba que só Jesus Cristo é Senhor e que nos tornou capazes de viver assim para glória do Seu nome e alegria nossa.


Pr. DAVIDSON PEREIRA DE FREITAS
Diretor Geral

(2010/109) As coisas não devem estar mesmo boas


1. Porque, quando estão boas, o tempo parece voar, mas, quando estão rins, ou, ao menos, quando as percebemos como ruins, o tempo parece arrastar-se. E o tempo não anda, não é mesmo? Os dias estão longos, as noites, intermináveis, as semanas, sem fim... A folhinha regurgita os dias, e não avança... Vamos como aquela propalada calmaria atlântica...

2. Todavia, eu não acredito, não mesmo, no fechamento do Seminário. Não está em minhas mãos a decisão, mas eu não acredito. Não acredito que alguém quererá marcar sua história como quem fechou uma Casa de 102 anos. Em todo caso, não quero eu marcar minha vida como o Coordenador do fechamento, e, pior ainda, o Coordenador que não fez o que devia fazer. Uma coisa eu sei - não deixarei de fazer nada, absolutamente nada que, na condição de Coordenador, eu tenha que fazer, para a manutenção da Colina.

3. É meu trabalho. Não o direi que é minha missão, meu "destino", meu "chamado especial" - sou protestante: até varrer a rua é chamado especial pra mim! - essas coisas que tendem a fazer de nós mais do que realmente somos. Sou apenas um profissional, contratado e pago para fazer um trabalho. E o farei, como faria qualquer outro. No fundo, não há diferença entre você ser um balconista, um gari, um médico ou um Cooprdenador de Seminário - se tudo o que você faz, você faz com dedicação, responsabilidade, e, por que não?, como que para Deus, no fundo, é tudo a mesma coisa.

4. Nos é que acabamos achando que há coisas maiores que outras. É só os garis não passarem por uma semana, e você logo perceberá que um gari é tão importante quanto um gerente de banco. Aliás, há exatos dez anos que não sei o que é um gerente de banco, mas, de garis, dependo diariamente... Assim, não há nada de especial nesse cargo, conquanto muitos o queiram: é um trabalho, como qualquer outro, e o exercerei, enquanto dele for o titular, em absoluta consonância com minha chefia imediata.

5. Queria que o tempo corresse. Que chegasse logo agosto. Que o ano terminasse. Queria que a sangria acabasse logo, que o tempo das vacas magras terminasse definitivamente, e que chegassem os dias de sol. Mas esses dias têm sua importância. É nesses que a carne da gente é forjada. Não são nos dias felizes, alegres, de sucesso, que a gente aprende: é no dia ruim, no dia da chuva ácida, no dia do incêndio. Vou me esforçar então, aprender um pouco mais - porque, pelo andar da carruagem, vamos ter bastante tempo pra aprender bastante coisa... Na pior das hipóteses, sairemos melhores desses dias.


OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Coordenação Geral Acadêmica

quarta-feira, 21 de abril de 2010

(2010/108) Porque a Colina não é um Fla - Flu


1. A Colina não é um Fla - Flu, porque a Colina é o lugar de trabalho de um conjunto de pessoas, que retiram dela, de seu trabalho nela, o seu pão, a sua roupa, os seus remédios, o seu divertimento, o seu futuro, o seu presente. Torcer para Flamento ou para Fluminense, tanto faz - nada acontece no dia seguinte... Mas o clima de Fla - Flu, aplicado à Colina, é inaceitável.

2. A Colina não é um Fla - Flu, porque é o lugar de formação de centanas de pessoas, homens e mulheres, que para cá vieram, encaminhados na direção de um sonho de futuro, sejam teólogos/as, sejam pedagogos/as, sejam músicos/as. Torcer contra a Colina é desconsiderar absolutamente essa dimensão concreta, é afastar os olhos da realidade e entregar-se à mesquinharia.

3. Há quem torça contra a Colina? Há. Não é a maioria, não. Mas há. E é uma minoria que faz barulho, que é capaz de gastar tempo replicando sua torcina negativa, gente proselitista da desgraça da Colina.

4. Há quem torça contra a Colina por inúmeras razões:

a) consideram que os problemas de gestão, históricos, são estruturais e, seja quem for a sentar na cadeira da Direção - e da Coordenação - vai repetir todos os problemas do passado. É uma torcida magicamente motivada. É como se houvesse "maldição" na Colina, e essa torcida é, assim, inteiramente dada a essas considerações pseudo-teológicas... A esses, só o trabalho revelará seu engano de interpretação, sucesso que, contudo, tenderão a interpretar... magicamente...

b) consideram que o que se ensina aqui não é "certo", e, nesse sentido, manifestam até a próstata o espírito protestante - a cisão, a separação, o distanciamento, o anátema. É assim que se faz no mundo evangélico: quando há discordância, vai um deus pra cada lado, e um diabo pra cada lado também. Sempre o sujeito acha que Deus está com ele, e o diabo, com o outro, e vice-versa... Desde Lutero foi assim, e é capaz de continuar assim até o Armagedom, porque a alma protestante é a alma da divisão, e nada mais. Somos incapazes de sentar civilizadamente e de tratar as questões de divergência no campo das idéias - é sempre a Deus que apelamos, controlando-o, dizendo dele nossas verdades: "Deus" numa mão, o diabo na outra...

c) há a crítica programática, dado o fato inegável de que pululam, às dezenas, os "seminários" Estado afora... Aliás, parte substancial da crítica assinalada em "b" constitui "capa" para esconder essa real razão das críticas - para "atrair" alunos, fala-se mal da Colina... É uma pena: quem vai pagar - já paga há anos! - por isso é a Denominação. Planta-se vento - colhe-se tempestade. A fragilidade denominacional, o esgarçamento das estruturas, o sentimento que se vai tornando comum de que é plenamente possível viver sem a Denominação, nada disso tem a ver com a crítica teológica. Mas nem de longe! Pelo contrário! Tem a ver com a superficialidade, com a negligência, com a má-vontade, com o cerceamento da crítica, com o abafamento, com o espírito de "sacerdote", com o emcabrestamento das massas - tudo isso radicalmente contrário aos Princípios Batistas.

d) quem desejasse estar nos cargos. Ah, sim, tem. Podem acreditar que para algumas pessoas, o máximo dos sonhos é sentar-se numa das cadeiras da Colina. E não conseguem, por mais que o façam, e, então, danam a falar mal. Têm sua platéia cativa.

e) quem esteja honestamente cansado de nossa história de, onde pomos a mão, estragamos, destruímos, deterioramos, naufragamos; cansados de ver a Denominação injetar dinheiro na Colina, e a Colina queimar, como se queima lixo. Não sei do passado, mas sei que queimamos alguns milhões, uns quatro, nos apartamentos aqui ao lado, e, nos últimos cinco anos, mais outro tanto. Há quem não tenha mais estômago para isso, e, sinceramente revoltado, rebela-se. É legítimo. A esses, eu pediria um voto de confiança. A esses, eu diria que temos de estancar a sangria, severamente que seja, e temos que cuidar do doente. Colocaram-nos aqui - que cobrem, que vigiem, que policiem, que acompanhem mas, pelo amor de Deus!, que nos dêm chance e condições de fazer aquilo que deve ser feito. Toda a revolta justa se transformará em nada, em absolutamente nada, se ainda deixarmos as coisas simplesmente correrem... É preciso segurar o touro pelos chifres. Cada dia que passa é mais uma chifrada que ele dá, desembestado que está, o touro Colina. Nosso tempo já passou: cada segundo perdido é tantos reais a mais jogados fora...

5. Nossa geração pode ser marcada: a) como a geração que, finalmente, enterrou o morto; b) como a geração que fez tudo como sempre foi feito; c) como a geração que veio, viu e venceu. Escolhi a alternativa "c" e, (também) por isso aceitei o desafio do Diretor. Mas não há como eu realizar o meu trabalho sem que todos, absolutamente todos, dêem sustentação - e sustentação no tempo devido.

6. Depois de sanados os problemas, quem sabe, então, resolvamos nossa diferenças, quem sabe até outros se assentem nas cadeiras... Nesse momento, contudo, a hora é de cooperação. A Colina não é o Maracanã - é uma extensão da casa da gente. Não é Fla - Flu que se faz aqui - é a vida real, tal qual ela é. É a vida da gente.


OSVALDO LUIZ RIBEIRO

terça-feira, 20 de abril de 2010

(2010/106) Busca-se tradutor(a) de Português para Inglês


1. A Coordenação Geral Acadêmica procura - entre os discentes da Colina - tradutor(a) de PORTUGUÊS para INGLÊS, para tradução de artigo científico com vistas à publicação em revista internacional, na Área a Antigo Testamento. O crédito da tradução se fará constar da publicação. O trabalho de tradução poderá ser aproveitado em disciplina de Tópico Especial Livre em 2010/2, cujo conteúdo se fará constar como o trabalho realizado. Interessados, enviar e-mail para a Coordenação: osvaldo@seminaridodosul.com.br.


OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Coordenação Geral Acadêmica

PS. A Professora Teresa Akil acha que o nome não é "traduzir", quando é do Português para o Inglês, mas "versar". E eu lá vou discutir com a Dona Doutora? Seja quem "traduza", seja quem "versiona", estamos precisando... Ih!... "versiona"... Agora só falta a Dona Doutora Celeste comentar que não é "versiona", é "versa"... :o)

(2010/105) Busca-se tradutor(a) de alemão


1. A Coordenação Geral Acadêmica procura - entre os discentes da Colina - tradutor(a) de alemão para traduzir com urgência artigo de 20 páginas, de 1913, na área de Antigo Testamento (versão impressa e digitalizada). O texto traduzido servirá de base para o arremate de artigo científico a ser publicado, como desdobramento de tese de doutorado, e nele o crédito da tradução será registrado. O tradutor(a) interessado(a) poderá registrar a atividade de tradução a título de Tópico Especial Livre em 2010/2, cujo conteúdo constará como a tradução realizada. Os/as interessados/as devem encaminhar e-mail para a Coordenação - osvaldo@seminariodosul.com.br.


OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Coordenação Geral Acadêmica

(2010/104) Sobre "quem não fica"


1. Caros e caras professoras, estudantes, povo da Colina. Há dois "tipos" de professores que não vão ficar: os que não podiam migrar para um regime de dedicação de 20 ou 40 horas que, com o Acordo Coletivo de Trabalho, resultaria em economia da folha de pagamento. Essa migração era condição sine qua non para a manutenção do ou da professora na Casa. Gente muito boa, gente muito querida, gente muito qualificada, é gente que não vai poder ficar por essa razão. É de todo uma lamentável pena.

2. O outro "tipo" é ainda mais lamentável. Trata-se de professor ou professora que poderia/gostaria de permanecer, que poderia migrar para 20 ou 40 horas - mas não permanecerá porque é gente demais para um bote pequeno. O melhor dos mundos seria ter chegado à lista dos que permanecerão contratados, sob novo regime contratual e salarial, por meio da simples impossibilidade de os demais permanecerem. Não haveria maior estresse. Mas não é o caso. Gente muito boa, gente muito querida, gente muito competente, gente que poderia e quereria ficar, não vai ficar. Não há vagas para todos, depois de redistribuídos os 475 créditos a serem oferecidos.

3. Minha palavra aqui se dirige, pois, a esses e a essas profissionais que não permanecerão. Ainda não foi divulgada a lista, ainda não falei com ninguém, e a informação será passada por mim - eventualmente, se for o caso, pelo Diretor -, de modo que qualquer "boato" é o que é - "boato". Aos que serão comunicados pessoalmente por mim, desde já, dirijo essa palavra de agradecimento por seus serviços até aqui. Muito obrigado pelo tempo que você dedicou à Colina. É chegada a hora de a relação profissional estabelecer um hiato, mas não se trata, necessariamente, de uma separação para sempre.

4. A Casa, se Deus quiser, vai se re-erguer. Se a casa se re-erguer, teremos de recontratar professores. Queremos que a sua saída se dê da melhor forma possível, para que as relações não se esgarcem, e para que possamos retomar o contato tão brevemente quanto possível - oxalá já no início de 2011.

5. Os professores que ficarem assumirão uma carga acima de sua "pertinência". Essa situação não poderá perpetuar-se por muito tempo, de modo que a cada tostão a mais que for entrando nos cofres da Nova-Velha Colina, vamos dar total prioridade à regularização da carga horária dos remanescentes, o que se dará, de um lado, pela recontratação de professores agora desligados. Não está descartada a hipótese de contratações novas adiante, mas a prioridade será dada ao retorno dos colegas agora dispensados. Aos colegas dispensados e que não possuem, ainda, mestrado ou doutorado, quero repetir o incentivo do Diretor Geral anterior, Israel: não há retorno, companheiros - é necessário dar seqüência à formação acadêmica. Acreditem: é mais fácil manter um não-mestre ou não-doutor na casa do que recontratá-lo. Seria muito bom se, quando precisarmos, cada um de vocês já tenham subido um degrau a mais nas respectivas formações. Aproveitem esse "ano sabático" forçado para acelerar sua formação.

6. Assim, talvez seja apenas uma breve separação. Um recuo estratégico, quem sabe. Seja como for, a todos vocês, professores, obrigado, em nome da Colina, pelos seus serviços. Que Deus os abençoe a todos. A Colina guardará a memória de seu trabalho. E, quem sabe?, clamará pelo seu retorno...


OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Coordenação Geral Acadêmica

(2010/103) Sobre "quem fica"


1. Caros professores e caras professoras, sei que esse é um momento delicado, e qualquer coisa que se escreva pode ser interpretada sempre pelo pior ângulo possível. Assim, conquanto eu deseje ardentemente a transparência, corro risco de sempre incorrer em excessos "polissêmicos". Por isso, peço que não procurem encontrar "entrelinhas" nos comunidados aqui postados - eles são o que são, e nada mais do que isso. É óbvio que sempre haverá coisas ditas e coisas não ditas, a gestão não se faz com todas as pedras sobre a mesa, há informações que são de ordem muito sigilosa, mas nada de conspiratório, apenas informações nervosas, digamos assim. Agora, quanto às informações ditas, essas são o que são.

2. Quero me dirigir aos professores e às professoras que ficarão. Não será fácil. Para quem deseja ficar, e ficará, a primeira sensação é de alívio e conforto - mas quero deixar registrado que os que ficarem carregarão pedra nas costas. Arcaremos, os que ficarmos (eu, até que outra seja a orientação superior) com o ônus de assumir a "carga" dos dispensados, de modo que teremos um, dois ou três semestres muito, muito pesados pela frente.

3. Insisto nesse ponto, porque ele foi muito claramente informado durante as entrevistas. Nem a Coordenação, nem a Diretoria, nem a FABAT, nem os alunos podem ser surpreendidos com desânimo, descontentamento, descompromisso, depois de alinhavadas todas as decisões, implementadas todas as demissões e dado corda nova no velho relógio. Os que ficarem, não nos enganemos: serão dias de muitíssimo árduo trabalho, e a Coordenação não negociará, por conta disso, perda de qualidade, "faltas", comentários de corredor e coisas desse tipo, atitudes e ações que durante muito tempo estiveram presentes na Colina, desde há muito, muito tempo atrás.

4. Quero acreditar que a equipe que permanecer (e permanece porque afiançou compromisso com a permanência) somará, comprometer-se-á, dedicar-se-á, ciente de que não serão dias "normais" nem "ideais", mas dias excepcionais, de excepcionalidades, todas, desde já, de antemão sabidas. Seria desastroso, amanhã, concluir que teria sido melhor não ter dispensado fulano e ter mantido beltrana - risco sempre possível. Penso que todos concordam com isso...

5. Não se trata de falta de fé ou confiança na equipe que permanecerá: um dos critérios foi justamente esse. Se trata de confessar a situação muito frágil em que a Coordenação permanecerá, na pendeência total do comprometimento dos professores, da compreensão dos alunos, da mão de Deus. Quero crer que tenha acertado na escolha. Deus o queira. Vocês o confirmem.

6. Aos que não permanecerão, conversaremos logo mais.


OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Coordenação Geral Acadêmica

segunda-feira, 19 de abril de 2010

(2010/102) Relatório de uma segunda decisiva


1. Caros professores, caras professoras, estudantes, funcionários, povo da Colina. O senhor Diretor e a Coordenação Geral Acadêmica passaram toda a tarde reunidos, até agora há pouco. Fechamos a relação de professores/as que permanecem e professores/as que serão desligados. Não foi uma tarde fácil. Mas quero crer que ela torna possível a nossa tentativa de sobrevivência. Sem ela, é fechar os olhos e dormir eternamente - eufemismo para morte-bem-morrida. Com ela, é suportar uma dor momentânea, um corte radical e dolorido, mas com chances de sobrevivência a curto prazo, recuperação, a médio, e superação, a longo.

2. Dados todos os cenários, chegamos a uma situação de nomes que, para manter fulano, tem que tirar beltrano. Dificílima composição, dado o número muito grande de docentes. Penso que chegamos a uma composição maximamente ideal - se considerado o quadro de exigência que se nos impõe. Diria assim: de 80 a 90% do resultado agradará. Dos que ficarem, talvez uns 10% não fossem exatamente o que se esperaria. Dos que sairão, os mesmos 10% podem gerar alguma contrariedade mais profunda. Todavia, não é possível trabalhar com o quadro ideal, conquanto procuramos atender: a) interesses diretos da Instituição, b) interesses diretos dos professores e c) interesses diretos dos alunos, nem sempre nessa ordem. Num ou noutro caso, a própria situação em si, que demanda a manutenção de professores mais adaptáveis a um universo impreciso, com formação mais aproveitável, com necessidade de "rebaixar o próprio grau de exigência", tudo isso também pesou em algumas escolhas.

3. Esperamos que essa semana ainda tenhamos a decisão da Diretoria Executiva da CBB quanto ao momento de fazer as demissões. De qualquer modo, assim que a CBB se pronunciar quanto à data delas, a depender da Diretoria da Colina e da Coordenação, cada professor será imediatamente comunicado da decisão final, sejam as demissões decididas para já ou para julho.

4. Esperamos, sinceramente, que tenhamos sido sábios. Esperamos sinceramente que tenhamos sido justos. Esperamos que não tenhamos nem pesado a mão, onde era necessária delicadeza, nem fraquejado, onde era necessário força. Esperamos que tenhamos tomado a melhor decisão, pesados todos os interesses em jogo.

5. Quero agradecer pessoalmente à Direção pela confiança, e, ao mesmo tempo, pela nobreza de dividir o ônus da decisão comigo. Senti-me respeitado e considerado. A medida adequada entre delegação e co-responsabilidade foi por mim sentida, e registro, faço questão, meu agradecimento.

6. Se em relação a alguém, nossas decisões hoje homologadas, provocar tristeza, contrariedade, sentimento de injustiça, antecipadamente pedimos perdão. Se erramos, não foi intencionalmente, nem terá sido outra a razão que não a tentativa, nem sempre fácil, nunca garantida, de fazer o maior bem possível ao maior grupo possível e o menor mal possível ao menor grupo possível.

7. Que Deus confirme a seu tempo e modo a obra de nossas mãos, ou a desconstrua, e reconstrua, se não tivermos sido honestos no processo.

8. A todos, meu reconhecimento pela mansidão com que todo esse penoso processo se dá. Muito obrigado. Aos alunos, quero de modo transparente pedir seu apoio. É de sua compreensão nesse monento de reconstrução que dependemos muito - abaixo apenas do arbítrio da Diretoria da CBB e da mão de Deus.


OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Coordenação Geral Acadêmica

(2010/101) Como é boa a vida no campo...


1. "Quem mandou levantar a mão?" ou "eu vou, eu vou, pra casa agora eu vou". O problema da segunda é: mas quem é a branca de neve?



OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Coordenação Geral Acadêmica

(2010/100) Concurso: "dê um nome para a fotografia do Diretor"


1. Depois de muitas negociações, intermediadas pelos serviços de inteligência inglês, israelense e alemão, a Coordenação obteve a foto do senhor Diretor que abaixo se faz expor. "Oficialmente", ele estava "coordenando" os trabalhos de desobstrução de vias, remoção de terra e lixo da parte baixa do campus do Seminário - toneladas de terra deslizaram da encosta ao pé do Prédio 23, um pouco "atrás" da Capela e da Biblioteca, durante as fatídicas chuvas recentes. Isso, "oficialmente"... A Coordenação, contudo, entende que a foto denuncia os bastidores de "outros" movimentos da Colina, e proporia a seguinte epígrafe:


TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO INVADE O SEMINÁRIO DO SUL
- Diretor é o "cabeça"


2. Eu tinha um nome melhor para a foto, mas muitos professores iam ficar sentidos, por conta da metáfora que a "foice" inspira, entendem? Aí, vai essa meia-boca mesmo. Mas se você, docente, estudante ou funcionário, tem um título melhor para essa foto histórica, envie pelo comentário abaixo disponível. A mais criativa, publico aqui. Se eu não "rodar", depois dessa denúncia...


OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Coordenação Geral Acadêmica

PS. para o leitor desavisado, desatento, ou de má-vontade: essa postagem é uma brincadeira saudável, que traduz o espírito cordial que se pratica no campus da Colina.

(2010/099) Fingindo que trabalhava no mutirão da Colina


1. O senhor Diretor convidou moradores, alunos e que tais para um mutirão de limpeza no campus do Seminário, na sexta-feira passada. Houve quem se apresentasse uniformizado e tudo, não é não, Chácara? Estou tentando acesso a uma secretíssima foto do senhor Diretor, fantasiado de ativista do MST - boné, camiseta, sapato de barro, jeans e uma foice do tamanho da lua. Mas o pessoal do CADS está escondendo a foto - não sei se para protegê-lo, se para chantageá-lo. Se eu a conseguir, postarei. É imperdível! A minha vai aqui, fingindo que trabalhava. Empurrei três carrinhos de lixo, sob os olhos atentos de um "terrorista árabe", ao fundo, que souberam que os Radicais estão treinando aqui para invadir a África muçulmana e mandaram um espião... Acho que pior do que eu, só o fotógrafo, que em vez de carregar lixo, ficava brincando de fotografar os outros trabalhando. Ao menos fez história. Eu, cena... O Fernando é que ficou chateado, porque ele queria fazer cena com o carrinho, e toda hora que ele pegava um, eu tomava... Bem, ao menos os três que empurrei...





2. Ah, tem um vídeo no blog do CADS - www.euamooseminariodosul.blogspot.com. Mas a foto do Diretor, vestido de invasor de terra, neca de pitibiriba...


OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Coordenador Geral Acadêmico

(2010/099) Comparativo de créditos oferecidos nos Cursos da FABAT


1. Cara comunidade da Colina. Abaixo informo o quantitativo de créditos oferecidos por Teologia, Música e Pedagogia. Deve ser acrescentado à informação o seguinte: o regime de pagamento contratual de professores da FABAT é "horista". Isso quer dizer que cada crédito é pago individualmente e que quanto maior o número de créditos, maior o valor da folha de pagamento.

TEOLOGIA - 02 turnos (manhã e noite)
- total - 182 créditos (80 créditos por turno indepentende, mais créditos extras [Formação Integral e disciplinas de Tópicos Especiais, com classes alternativas]).

MÚSICA - 01 turno (com aulas individuais)
- total - 152,25 créditos

PEDAGOGIA - 01 turno (híbrido, com turmas "dobradas" [3º e 5º períodos])
- total - 139 créditos

2. É forçoso observar que o curso de Teologia possui a menor relação crédito/turno, "custando", portanto, menos do que os cursos de Música e Pedagogia. Considerado o fato de que é o curso que possui o maior número de matriculados, resulta evidente um descompasso importante entre custo e receita na FABAT como um todo, mas concentrado nos cursos de Música e Pedagogia. O Curso de Música "tenta" compensar a defasagem por meio da mensalidade - é a mais cara da FABAT. Mas, ainda assim, chegou ao ponto de não-equilíbrio, dado problemas de cálculo nas aulas individuais, bem como o descompasso entre custo e receita (baixo número de matriculados). Pela perspectiva aqui tratada, o curso de Pedagogia possui desvantagem por duas razões: a) relativamente baixo número de matriculados, e menor mensalidade da FABAT.

3. O "remédio" será homogêneo e universal: o corte de professores será aplicado a todos os cursos, de modo proporcional, uma vez que pouco se pode compensar entre um curso e outro, já que a maioria esmagadora das disciplinas demandam formação específica.

3. É na direção de contornar todas essas dificuldades estruturais que estamos trabalhando. Oxalá tenhamos sucesso na empreitada!


OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Coordenador Geral Acadêmica

(2010/098) Da função da MONOGRAFIA - um viés universitário


1. Coordinatum não será propriamente fórum de debates sobre Pesquisa, conquanto a Coordenação possa servir-se da plataforma para pronunciamentos institucionais e (quase-)pessoais. Provocado pela Profª Lília, em comentário apenso a postagem anterior, gostaria de, por exemplo, transcrever essa muito claríssima descrição da FUNÇÃO DA MONOGRAFIA, o que faço com dois objetivos: a) assentar que a posição da Coordenação, já deixada clara, quanto à função da Monografia, encontra respaldo universitário, e b) "provocar" reflexões na direção das discussões que se produzirão em torno do tema PESQUISA na Colina.

2. Eis a transcrição:

_______________

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO
FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL EM CIÊNCIAS SOCIAIS - PETCIS

MONOGRAFIA:
ORIENTAÇÕES BÁSICAS


2. Função da Monografia

1. Uma monografia bem construída treina para o manejo do pensamento e da língua; ela cria uma mentalidade científica, coisa da qual carecemos muito, já que encontramos, mesmo dentro da universidade, uma boa dose de “pensamento mágico”. A monografia, bem conduzida, é uma excelente atividade de iniciação científica. Qual deve ser o alcance científico de uma monografia de graduação? Ela tem que conter uma boa dose de originalidade? Claro que não. Ela é mais um treino para a atividade científica, aqui entendida como exercício do pensamento lógico e da argumentação racional, necessária ao bom exercício de toda e qualquer profissão, do que criação original. Mas ela deve ser direcionada para a resolução de um problema, teórico ou prático. O pensamento deve ser sempre aplicado. Como construí-la? Com rigor e método, respondo eu. Deve-se dar prioridade a assuntos locais, isto é, ao elenco de problemas locais carecedores de solução. Há mil problemas sociológicos ao nosso redor precisando serem compreendidos por nós. Que se escolha um deles e que nos debrucemos sobre ele, procurando entendê-lo. Se fizermos isso com rigor, com seriedade científica, estaremos cumprindo com nosso papel de estudantes de nível superior.

2. Em síntese, em que consiste uma monografia? No levantamento de um problema e no desenvolvimento de uma boa argumentação para explicá-lo.

3. A monografia é resultado de uma pesquisa. Daí a necessidade de saber se mover nesse campo.
_______________


3. Não se trata de uma "determinação" ou de palavra final. Provavelmente, nem mesmo de uma única funcionalização teórica para TCC. Será o caso de estudarmos outras funções teóricas, e decidirmos. A questão está aberta para discussão, e o será, formalmente, no contexto do GT. Os comentários estão liberados.


OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Cordenação Geral Acadêmica

domingo, 18 de abril de 2010

(2010/097) O come, o come, Emmanuel!

O come, o come Emmanuel, To free your captive Israel. That mourns in lonely exile here, Until the Son of God appear. Rejoice! Rejoice! O Israel, to you shall come Emmanuel. Veni, veni, Emmanuel! Captivum solve Israel! Qui gemit in exilio, Privatus Dei Filio. Gaude, gaude, Emmanuel Nascetur pro te, Israel. Gaude, gaude Gaude, gaude, Emmanuel Nascetur pro te, Israel.




OSVALDO LUIZ RIBEIRO

(2010/096) Esclarecendo uma dúvida sobre as demissões


1. A Coordenação recebeu a seguinte observação: "teria sido melhor nada dizer aos professores sobre as demissões, já que pode ser que nada venha a se concretizar". Uma vez que a mesma percepção pode estar se desenhando entre os freqüentadores da Colina, a Cordenação esclarece:

a) a despeito de serem soluções também postuladas pela Coordenação e pela Direção do Seminário, nenhuma das decisões que vierem a ser tomadas o serão por decisão dessa instância da gestão da Colina, mas por deliberação e instrução da Diretoria da CBB. Assim, haverá sempre um hiato entre o planejamento interno, a sua democratiziação transparente e a sua execução efetiva, uma vez que, entre um e outro, haverá que se recorrer à deliberação superior - e nos termos de seu calendário e regime de tempo. A situação de "espera" em que a Colina se encontra em face das demissões deve-se justa e unicamente a esse hiato.

b) a Coordenação e a Direrção do Seminário entendem que não há outra solução - ao menos não prevista, não estudada, não sobre a mesa - para contornarem-se os problemas financeiros da Colina. A "espera" pela decisão final da Diretoria da CBB não deve ser interpetada, necessariamente, como a possibilidade de um recuo da decisão anterior. Apenas uma alternativa se impõe às demissões - como até aqui tem feito e, por decisão sua, o fará até 03/2010, a CBB arcar com o desequilíbrio financeiro da Colina - R$ 150.000,00 mês, em média - até que Seminário se re-equilibre - prazo de não menos de seis meses, talvez um ano, talvez mais, sem as demissões, a depender apenas de gestões de incremento de receita, sem corte de despesas.

c) nesse caso, a decisão que cabe à Diretoria da CBB, nesse momento, é se as demissões vão ocorrer "agora", ou em julho, apenas. A Cordenação não tem nenhuma informação quanto a outro cenário qualquer que substituísse esse até agora exaustivamente trabalhado.

d) quanto à transparência, ela não era imprescindível nem necessariamente necessária. A Coordenação poderia ter operado tudo em gabinete, e, na manhã do dia D, informar a quem de direito. Preferiu-se assumir o caminho mais delicado da transparência. Uma vez que aquele hiato entre a decisão interna e a deliberação superior se impõe, e ainda uma vez que a deliberação superior pode adiar as ações, be como alterá-las, há que se trabalhar com o risco de um regime de espera e de relativa intranqüilidade, cujo remédio seria o absoluto desconhecimento dos interessados - não-transparência. Prefiro um aumento de estresse, com ciência, do que uma falsa "tranqüilidade", na ignorância. Contudo, não posso controlar o processo em seus mínimos detalhes. Insisto: tomem cada dia desses dias como "pedagógicos" - aprendam com eles, aprendam como se faz, como não se faz, como agir, como não agir: é provável que, amanhã, vocês (pedagogos, teólogos, músicos, professores, gestores) estejam dependendo de terem aprendido como agir em situações assim, porque estarão no meio de situações semelhantes, mas "do lado de cá"...

e) a semana que se abre hoje deverá proporcionar a decisão de tempo da CBB, se as demissões ocorrerão "agora" ou somente em "julho". A Coordenação deseja que aconteçam agora, mas não pode assegurar que ocorram já. A Coordenação prefere que ocorram agora, porque: 1) se não ocorrerem, o Seminário vira no vermelho em R$ 150.000,00 todo mês (R$ 750.000,00 até agosto!, R$ 450.000,00 até junho!), e já não haverá como pagar 2/3 ou mais da folha de abril (vencimento maio), de modo que se perde definitivamente a chance de atingir as metas de agosto; 2) o "custo" das demissões independe de serem feitas agora ou em julho: a única diferença relevante é que os professores demitidos receberão os saláros até julho (regra da legislação), e isso poderia ser considerado "absurdo" - no entanto, a porção desses salários será absorvida pelos professores que lecionarão essas disciplinas nos termos do Acordo Coletivo, e não haverá novo custo sobre elas, ou seja, não há economia nem prejuízo financeiro (aumento de custo) entre a escolha de agora e de julho; 3) finalmente, será muito constrangedor manter professores demissionários em sala de aula até julho - do ponto de vista pedagógico, não é aconselhável. Todavia, a decisão não cabe à Coordenação, nem parece caber à Direção da Colina - cabe à Direção Executiva da CBB.

2. Insisto: a transparência é absurdamente pedagógica. Não se pode pretender transparência e absoluto controle dos processos. O elemento pedagógico da transparência da Coordenação é justamente proporcionar aos futuros gestores educacionais, eclesiásticos etc. a experiência de lidar com rotinas de gestão que fogem ao controle absoluto, mas que fazem parte da essência da gestão. Se o processo fosse mecânico, linear, previsível, bastaria automatizar o sistema. A gestão deve ser feita por "pessoa humana", justamente porque se precisa corrigir - com prudência, paciência, bom senso, equilíbrio, moderação, conquanto, com firmeza e determinação e responsabilidade - cada passo, cada ação, cada gesto à luz das transformações ecológicas dos processos. Gestão não é magia, é adpatação à luz dos objetivos, dos limites e da esperança.


OSVALDO LUIZ RIBEIRO

sábado, 17 de abril de 2010

(2010/095) Uma palavra sobre Pedagogia


1. Há alguns dias que um comentário bastante nervoso foi postado em Coordinatum, "acusando-me", Coordenador Geral Acadêmico, de comemorar a possibilidade do Reconhecimento de Teologia, enquanto "festejava" o fechamento do Curso de Licenciatura em Pedagogia. Considerei um desabafo, e releveio-o. Seu conteúdo, contudo, não espelha, sob nenhum ângulo, a realidade dos fatos.

2. Sim, comemoro, sim, - e por que não o faria? - a possibilidade real de Reconhecimento de Teologia. Será o máximo para a Colina. Quem não entender que Teologia é o curso fundamental do Seminário, não entende o Seminário (falo do curso, não dos alunos, porque todos os alunos da Colina são fundamentais para a Colina, conquanto o curso de Telogia seja sua razão de existir). Além disso, Teologia vem, por anos, sustentando os demais cursos, um pouco menos o de Música, mais o de Pedagogia. Não fosse o fato de que o curso de Teologia, ainda hoje, se banca, a crise mortal, a falência potencial da Colina teria sido detectada há muito mais tempo. Mas Teologia é um "portento". Não é um terço do que tem potencial para ser, mas no pouco que é, ainda é invejável...

3. No entanto, eu não concebo Teologia senão como Educação. Não sou amigo de doutrinamento normativo. Sou protestante, sobretudo. Digamos que seja rogeriano (Tornar-se Pessoa) - e, enquanto tal, não concebo formação diretiva. Teologia, para mim, é, de um lado, pesquisa crítica e, de outro, educação. Por isso gosto - e muito - dos Princípios Batistas, naquelas partes que são justamente educativas e críticas. Elas estão aí do lado, consignadas e transcritas. São mais Educação do que Teologia - quem não o perceberá?

4. Eu gostaria muito que fosse possível a manutenção, agora, hoje, já, da Pedagogia. Com a unificação das Coordenações, programa estratégico da Colina, harmonizaríamos os três cursos, planejando-os a partir do perfil de egresso da FABAT - um perfil constituído por dimensões pedagógicas, teológicas e musicais. Os cursos se imbricariam num ponto comum, e se especificariam, cada um em sua modalidade, em torno desse núcleo imbricado. A Educação constrangiria a formação teológica e musical, impedidndo que se transformassem em tradição morta e roteiro político de manipulação de gente. Música constrangiria a todos na direção da consciência estética da vida, da dimensão do belo e do sublime. Teologia constragiria a todos na direção do reconhecimento do serviço ao "povo de Deus". Isso seria muito bom.

5. Mas Pedagogia não consegue se pagar. Não paga os professores, não paga os funcionários. Há poucos alunos, poucos demais, muito além de qualquer linha de tolerância. A mensalidade deveria ser de três a quatro vezes maior, para que o curso ao menos parasse de dar prejuízo. E isso é impossível. Ah, sim, se o Brasil batista decidisse sustentar o prejuízo por um ou dois anos, 350.00,00 por ano, até que fosse possível - se fosse possível - levar o curso ao grau de equilíbrio, então seria um cenário a ser trabalhado. Mas não é o caso. Recebemos ordens do Conselho para o fechamanto do curso. Não há, nesse sentido, não aqui, na Colina, não aqui, nesse fórum, a fazer.

6. Que a Coordenação concorde que, do ponto de vista econômico-financeiro, não há como justificar a manutenção do curso, isso nada tem a ver com a percepção que a Coordenação tem de Educação e Pedagogia. Fazer de uma a outra coisa é, no mínimo, falta de percepção lógica, ou má-vontade. Ou as duas...

7. Talvez sobrevivamos. Talvez a Colina fique de pé. Tavez Teologia continue sua centenária história. Talvez Música consiga recuperar seu prestígio. Se isso acontecer, sim, mesmo com o fechamento de Pedagogia, ficaremos muito, muito, muito alegres. Se tudo isso acontecer, nada impede que, amanhã, depois de amanhã, possamos reabrir o curso. Aí, dessa vez, sem cometer o equívoco de começar a construir a torre, sem saber se dá para terminar.

8. Nossa torre, amigos, amigas, professores, professoras, estudantes, nossa torre não tem como ser terminada. Acabaram-se os tijolos... O que não significa, meus amigos, minhas amigas, que não fosse uma linda torre, altaneira e sonhadora, necessária e bela. Era. Mas nosso sonho foi maior do que nossa capacidade de terminá-lo. A revolta, a tristeza, são legítimas. Mas havemos de ser sábios e serenos, para não transformar nosso lamento em pecado.


OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Coordenação Geral Acadêmica

(2010/094) Da perda da qualidade


1. Eu só lamento mesmo uma coisa em relação aos batistas - desde há uns vinte anos, mais ou menos, fomos e viemos descompromissando-nos com a qualidade. Talvez nenhuma referência batista tenha sido mais desqualificada nos últimos anos, e nenhuma mereceria mais a nossa penitência, o nosso choro, as nossas cinzas e saco, do que a música batista.

2. Missões, aos trancos e barrancos, vamos levando. Como o Brasil batista apóia missões (a conta bancária não o desmente: apoio, sem destinação de recursos, é retórica vazia, é como aquela oração de Tiago, quando o que se tem é fome...), e como a respiração das igrejas se dá ao compasso das campanhas missionárias, vamos considerando que tudo vai bem. Talvez esteja. A rigor, não discutimos criticamente a questão. Mas, seja como for, é o que "melhor" vai caminhando no Brasil batista.

3. Teologia nunca foi nosso forte. A perda de identidade e de atualidade dos batistas é proporcional ao recrudescmento de uma cada vez menos profundidade crítica na Teologia. Talvez tenhamos sido pretensiosos, porque tínhamos uma extraordinária empresa de publicações, uma gráfica invejável, e nos achávamos "bons". Mas, para falar de Teologia pra valer, não, convenhamos, nunca nos interessamos por isso, porque, aliás, fazer Teologia pra valer é, quantas vezes, dar tiro no próprio pé, fazer muitas e muitas re-avaliações. De modo que nossa "teologia" resumiu-se, sempre, à apologia superficial de tradições não suficientemente pesquisadas. Não, Teologia nunca foi nosso forte.

4. Música... ah!, aí, sim, que drama terrível. Éramos quase lendários. Cantávamos maravilhosamente. Educávamos musicalmente nosso povo. Qualquer membro de igreja sabia sua "voz", contava a partir dela, sob a regência educativa de ministros para isso formados. Toda a congregação era um grande coro graduado, treinado, atento à didática performativa do canto público.

5. Hoje... Bem, é triste o cenário. Não serei leviano se considerar que essa tragédia é concomitante ao desaparecimento sistemático dos ministros de música, dos regentes oficiais. Não qual deles é a causa do outro - precisaríamos de historiadores sérios entre nós para levantar essa questão, comprometidos mais com a história do que com respostas sob medida. O que sei é que assassinamos fria e cruelmente o que tínhamos de melhor, nosso orgulho, e substituímos a didática musical pela emocionalidade descontrolada e a espiritualidade vazia que hoje se vislumbra em todo canto.

6. Que pena. Será que ainda há tempo para ressuscitarmo-nos da morte cultural que nos permitimos? Não sei. O que sei é que nos acomodamos à moda contemporânea de igrejas-auditórios, púlpitos-Faustão, cultos-Canecão. Eu também fiz coro, há décadas, na defesa da contextualização da liturgia. Mas não esperava que a contextualização se desse por baixo, pelo compromisso mercadológico com o que de menos elogiável há na nossa cultura, pelo descompromisso com a qualidade que ronda não apenas nossas igrejas, mas, sobretudo, a TV e as rádios, nossos modelos culturais... É, se era contextualização que queríamos, conseguimos. Mas, juro a vocês, não era isso que eu queria. Nem foi por isso que e esperei...


OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Coordenação Geral Acadêmica

(2010/093) Estudantes "noturnos"


1. Fui estudante "noturno". Uma nação só "tolera" cursos noturnos, quando decide que não vai dedicar-se fundamentalmente à formação cultural, técnica, moral, científica, espiritual de seu povo. Todos os esforços deveriam ser envidados para que a educação fosse prioridade de um povo. Cursos noturnos pressupõem estudantes que trabalham o dia todo, e reservam as três horas da noite para estudar. Até dá. Eu fiz isso. Mas não se pode dizer que se trate de um modelo ideal. Eu diria, contudo, até em defesa de minha formação, que a gente aprende a tirar leite de pedra, se vira, e acaba conseguindo reunir um pouco aqui e um pouco ali de conhecimento. Conseguimos até nos sair melhor do que muita gente que teve a oportunidade de estudar de manhã e, porque, de alguma forma, tem sustento, tem o dia todo para os livros, a reflexão, a pesquisa. Todavia, isso acontece por causa de uma extraordinária dedicação do estudante noturno - quando ele é dedicado, claro, porque há alunos norturnos que são tão murrinhas quanto alguns alunos matinais. Mas é a força de vontade, a dedicação, a perseverança, mais do que a extraordinária capacidade pessoal, o que também aí se encontra, que faz de alunos noturnos exemplos de superação.

2. O ideal seria uma educação absolutamente voltada para a formação em tempo integral. Com aulas num período, pesquisa e relatórios em outro. Para muitos estudantes, isso é possível. Na Colina, por exemplo, há alunos que estudam de manhã, e têm a tarde toda livre para pesquisas e leituras. O estudante que ganha esse presente, esse privilégio, e não se aproveita dele, não o usufrui até a última gota, comete dois pecados - contra si e contra seus irmãos, que não têm o mesmo privilégio. Sua formação deveria ser a melhor de todas, seus trabalhos, impecáveis, seus conhecimentos, máximos. Ele tem tempo! E o tempo é o pai e a mãe da formação adequada... Mas, às vezes, quanto desperdício...

3. Mas quero falar do estudante noturno da FABAT. Geralmente, eis o seu perfil: trabalha o dia todo, às vezes, até sábado, é casado, é membro "ativo" de igreja. Pensemos sobre isso. Trabalha o dia inteiro e estuda à noite. Dorme umas cinco - se tanto - horas por dia. Era meu caso. Felizmente, trabalhava, morava e estudava na mesma cidade, e isso me dava alguns minutos a mais de sobra, que eu não perdia no trânsito. Então, eu estudava meia-hora, no almoço, todo dia, e, de noite, antes de dormir, mais meia-hora, às vezes, uma hora. Isso era sagrado. Mesmo depois que casei - casei no primeiro ano de seminário...

4. Não dá para fazer um curso com seriedade apenas com esses períodos de estudo. Se o sujeito não trabalha sábado, está salvo. Dedica metade de seu sábado à família e metade aos estudos. Sem negociações. Se trabalha, pior pra ele, vai ter que dividir - e tem de dividir - o domingo. Para quem trabalha sábado e é membro de igreja, eis a fórmula: noite de sábado, de um lado, metade do domingo de outro, e a segunda metade do domingo, de outro. Para a igreja, dedica ou a manhã ou a noite de domingo. A outra metade do domingo e mais a metade do sábado, escolhe o que fica para o estudo e o que fica para a família. O estudante que trabalha sábado não deve dedicar o domingo todo às atividades da Igreja. Se fizer isso, ficará apenas com a noite de sábado para dividir entre os estudos e a família. Logo, logo, alguém está reclamando, com razão, de falta de atenção, de cuidado, de afeto - e de coisas mais! -, com o casamento em frangalhos. Por isso, parte do domingo deve ser transferida ou para a família, ou, se a família receber o sábado, para os estudos.

5. Não me culpem pelas orientações. É a sua formação que está em jogo - é seu futuro. Se você não se dedicar à sua formação agora, vai se dedicar quando a ela? Estar na Faculdade não garante em nada a sua boa formação - é sua dedicação aos livros, à pesquisa e à reflexão que garante sua boa formação. Mas, se você não lê, não pesquisa, não reflete sobre as questões que estuda e pesquisa, como pode aprofundar e aprimorar a sua formação?

6. Não dedique a sobra de seu tempo à sua fomação. Não estabeleça um padrão de "resto" para aquilo que, nesse momento, é sua principal atividade: preparar-se para seu futuro próximo. Claro que "canudos" podem até abrir portas - mas não fazem de você uma pessoa melhor. Isso, só o estudo, a pesquisa, a reflexão - filhos do tempo que você se concede.


OSVALO LUIZ RIBEIRO
Coordenação Geral Acadêmica

sexta-feira, 16 de abril de 2010

(2010/092) De uma conversa amigável - sobre Coordinatum e seus temas delicados


1. Pessoa amigável, quero crer movida de todas as melhores intenções, preocupada com os processos internos da FABAT, e, por isso, digna de toda consideração, procurou-me para comentar alguns temas atualmente tratados em Coordinatum. Tomei suas considerações como de todo interessadas no melhor e preocupadas com eventuais problemas decorrentes de um excesso de transparência. Quero comentar aqui seções de nossa conversa, e registrar publicamente meu mais do que amigável posicionamento.

2. Primeiro: manifestou-se uma preocupação quanto ao tratamento do tema PESQUISA em Coordinatum, e isso por duas razões: a) por tratar-se de tema propriamente "docente", de modo que deveria ser tratado em regime fechado com os professores, e b) por expor externamente as fragilidades da FABAT, já que o blog é público.

3. Conversamos uma boa meia hora sobre isso. Foi uma conversa franca e aberta, eu diria. Ao menos foi minha impressão. E minha percepção dos "casos" é a seguinte.

a) a FABAT possui quatro órgãos deliberativos - Colegiados, Câmara de Ensino e Pesquisa, Câmara Superior de Gestão e Câmara Comunitária. Em todos eles, representantes do corpo discente - estudantes - compõem as representações deliberativas. Dois desses órgãos, Colegiado e CEPE terão de aprovar qualquer modificação de Projeto, incluída aí a grande modificação que desejo fazer na área de Pesquisa. Isso significa que alunos vão deliberar sobre o tema, com poder de veto. Ora, se eles vão participar da deliberação, nada mais natural do que acompanharem as discussões desde o início. Já a reunião do GT de Pesquisa está facultada à participação deles. Foram convidados, se desejassem. Assim, acho que está justificada a ampla transparência com que o tema está sendo tratado em Coordinatum, inclusive com abertura absoluta para comentários, intervenções, criticas, sugestões, desde que não-anônimas.

b) quanto à exposição da fragilidade da FABAT. Concordou-se, na conversa, que a discussão sobre PESQUISA, aqui travada, descreve na íntegra o problema real da pesquisa na Colina. É fato. É fato ostensivo, escancarado a todos, alunos, professores, avaliadores do MEC... A transparência tem seus riscos. Um deles, é expor nossas fraquezas. Mas a exposição de nossas fraquezas, é, ao mesmo tempo, nossa força. É certo que um eventual interessado em matricular-se no curso, ao ter acesso ao blog, considere que a pesquisa está mal das pernas, e decida não se matricular. É verdade. Por outro lado, também pode ser que ele se impressione com o grau de transparência da Faculdade, e isso o motive a - até - participar do processo. Eu diria assim: sabemos onde leva a não-transparência. Não é de excesso de transparência - pelo contrário que agoniza a FABAT. Mas não sabemos onde leva a transparência ou a super-transparência. Uma vez que sei onde leva a não-transparência, vou arriscar a outra via. Tudo trarei a Coordinatum. Tudo, menos o que for de "segurança"...

4. Adorei a conversa. Foi em nada tensa. Foi leve. Tanto que pude dedicar tempo a pensar mesmo durante a própria conversa. Geralmente minhas respostas vêm mais tarde, e, se o caso for de tensão, ainda mais tarde e, nunca, na hora. A tensao me cala. E refleti automaticamente, e produzi os arrazoados acima, orque não estava tenso, o ambiente era aigável. Fiquem, pois, à vontade para comentar. Ajo certo em expor nossas fraquezas tão claramente no blog? Ajo certo em dar oportunidade para alunos participarem dos processos informais, já que eles participam dos formais? Não corro o risco da imaturidade de alunos imaturos? Corremos risco, a FABAT - com um eventual excesso de transparência? Não sou absolutamente dono da verdade. Posso estar fazendo alguma coisa errada. Sou todo ouvidos.


OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Cordenação Geral Acadêmica

EM TEMPO: estava a ler o site do Nassif, o que faço diariamente, e eis que me deparo com um bom exemplo de como a transparência irrestrita desarma manobras políticas mesmo lá, nas altíssimas esferas:
Sensus libera pesquisa para todos os partidos
Por Flavio
O Sensus informou que vai liberar ao PSDB, às 16h desta sexta-feira, 16, o acesso aos controles internos da pesquisa sobre a corrida presidencial que foi colocada sob suspeita pelos tucanos. O instituto informou também que vai abrir os dados para a imprensa e aos demais partidos que participam da disputa. A informação é do diretor do Sensus, Ricardo Guedes. Grande jogada do Sensus. Abriu para todos, assim não fica refém do PSDB
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(2010/091) Do comentário da Doutora Celeste


1. Reagindo a meu post, Celeste escreveu: "Nosso alunos precisam ESCREVER desde o primeiro período, sendo LIDOS pelos professores, para que estejam aptos a saber o como escrever cientificamente. Sem isso, inseguros, são atraídos para a cópia ou para o plágio". Na mosca!

2. Celeste, vou lhe contar um segredo de Polichinelo: a disciplina Língua Portuguesa, na FABAT, faz parte da área de... tchan tchan tchan tchan... Pesquisa! Está no Projeto. Língua Portuguesa deverá ser re-estudada pelo GT, daí a também convocação do Prof. Adalberto (você conta nas duas pontas). Sim, sim, sim: nossos alunos precisam escrever muito, ser corrigidos, re-escrever, de novo, outra vez, até aprenderem. Alguns são exímios - dá gosto. Outros, nós, professores, deveríamos ficar tristes, porque deixaremos que saiam daqui com deficiência monstruosa.

3. Também para isso a reformulação do corpo docente, a contratação de Orientação Pedagógica que vai "entrar nas salas de aula" - vai ficar, Mere? -, a reformulação do nosso perfil de egresso, o trabalho eficiente na direção da construção desse perfil - isso certamente exigirá reformulação de atividades de avaliação, e justamnte no sentido de exigir que os alunos se lasquem de tanto escrever, e que os professores de fato leiam, de fato corrijam , e mandem escrever de novo, até aprenderem.

4. Quando ensino resenha, dá um trabalho dco cão, mas faço assim: ensino a fazer a resenha, mando entregar. Corrijo, devolvo tudo rabiscado, o aluno tem de entregar de novo, corrijo de novo, entrego... até que o aluno mereça dez. Poucos, de fato, entregam tantas vezes. Uma aluna me entregou seis vezes. No final, não merecia 10, ainda. Mas dei, só de gosto pelo esforço dela. Os demais, só uma, no GQ - aí, a qualidade é bem ruim. Quando tivermos Orientação Pedagógica, passaremos a reprovar muita gente, porque hoje, somos condescendentes... Mas condescendência dura até o primeiro ENAD, depois, a gente se descabela.

5. Vamos atacar esse problema. Ele é ponto de honra nosso, ou não somos dignos de nos considerarmos pedagogos.

6. Valeu, doutora...


OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Coordenação Geral Academica