1. Seguindo orientação das autoridades públicas da Cidade do Rio de Janeiro, que solicitam às escolas particulares que, como as públicas, suspendam as atividades nessa terça-feira, o Seminário está suspendendo todas as aulas hoje, 06/04. Ainda há previsão de chuvas fortes para a tarde e noite. As autoridades pedem que os cidadãos não deixem suas residências. E eu tenho razões de sobra para recomendá-lo...
2. Essa noite foi de extrema aventura para a Coordenação. Saí do campus ontem, por volta as 9:40 da noite, e acabei ficando preso dentro do carro por 12 horas, até agora há pouco. Primeiro tentei evitar a Praça da Bandeira pelo caminho da Quinta da Boa Vista. Mas já estava tudo alagado. Como ali é muito desconhecido pra mim, e fiquei temeroso de ali passar a noite, retornei, atravessando ruas alagadas com meu velho e forte companheiro, e cheguei a uma Conde de Bonfim paralisada. Fiquei ali por um tempo, e pensei em voltar para a Quinta. Chegando lá, o quadro era o mesmo. Tudo alagado e carros parados há horas, já. Com medo do local, retornei para a Conde de Bonfim e, na altura do Largo da Segunda-Feira, o trânsito parou. Não dava pra ir nem pra frente nem pra trás. O Largo inundou completamente. Fiquei ali, andando pra frente e pra trás, pra dar passagem para automóveis que optavam por entrar no Gepark, estacionamentos, da meia-noite até às oito da manhã. Você fica pensando que mais meia hora e tudo acaba, mas a cada meia hora, somam-se outras meias-horas, e a noite vai avançado. Uma noite terrível, de medo da água inundar meu velho companheiro de guerra, e medo de arrastões. Sem contar a sede. Depois das oito da manhã, as águas do Largo da Segunda-Feira começaram a baixar, e consegui passar. Optei por não enfrentar a Praça da Bandeira, alagada até um metro de altura. Fiz como quem ia para Botafogo, com medo de a sessão que eu cortaria da Jardim Botânico, para pegar o retorno para a Baixada, estar alagada. Quando cheguei ao Rebouças, tudo parado. Mais horas e horas preso no carro, imaginei - aí já estava preso havia quase doze horas. No entanto, imediatamente antes da boca do túnel havia uma passagem de ambulância, dando acesso à pista que eu tinha que pegar, para vir pra casa. Estava aberta! Cortei por ela, e, em quarenta minutos, cheguei em casa, doze horas depois de sair do Seminário, ontem à noite. O dia ontem, com as entrevistas com os professores - 16 deles - foi pesado, difícil. Mas não se compara o dia à noite que passei. Graças a Deus, estou em casa. Amanhã, recomeçamos a vida. Agora, vou dormir... Não arrisquem ir ao Centro do Rio hoje.
3. Aos professores que teriam entrevistas hoje, com a Coordenação, é extremamente imperioso que entrem em contato comigo ou amanhã, ou na quinta, ou sexta-feira. Atentem para os horários necessários: quarta: dia todo; quinta, manhã e tarde, até as 13:30. Sexta, manhã e tarde, até às 13:30. Por favor, não faltem a qualquer um desses agendamentos.
2. Essa noite foi de extrema aventura para a Coordenação. Saí do campus ontem, por volta as 9:40 da noite, e acabei ficando preso dentro do carro por 12 horas, até agora há pouco. Primeiro tentei evitar a Praça da Bandeira pelo caminho da Quinta da Boa Vista. Mas já estava tudo alagado. Como ali é muito desconhecido pra mim, e fiquei temeroso de ali passar a noite, retornei, atravessando ruas alagadas com meu velho e forte companheiro, e cheguei a uma Conde de Bonfim paralisada. Fiquei ali por um tempo, e pensei em voltar para a Quinta. Chegando lá, o quadro era o mesmo. Tudo alagado e carros parados há horas, já. Com medo do local, retornei para a Conde de Bonfim e, na altura do Largo da Segunda-Feira, o trânsito parou. Não dava pra ir nem pra frente nem pra trás. O Largo inundou completamente. Fiquei ali, andando pra frente e pra trás, pra dar passagem para automóveis que optavam por entrar no Gepark, estacionamentos, da meia-noite até às oito da manhã. Você fica pensando que mais meia hora e tudo acaba, mas a cada meia hora, somam-se outras meias-horas, e a noite vai avançado. Uma noite terrível, de medo da água inundar meu velho companheiro de guerra, e medo de arrastões. Sem contar a sede. Depois das oito da manhã, as águas do Largo da Segunda-Feira começaram a baixar, e consegui passar. Optei por não enfrentar a Praça da Bandeira, alagada até um metro de altura. Fiz como quem ia para Botafogo, com medo de a sessão que eu cortaria da Jardim Botânico, para pegar o retorno para a Baixada, estar alagada. Quando cheguei ao Rebouças, tudo parado. Mais horas e horas preso no carro, imaginei - aí já estava preso havia quase doze horas. No entanto, imediatamente antes da boca do túnel havia uma passagem de ambulância, dando acesso à pista que eu tinha que pegar, para vir pra casa. Estava aberta! Cortei por ela, e, em quarenta minutos, cheguei em casa, doze horas depois de sair do Seminário, ontem à noite. O dia ontem, com as entrevistas com os professores - 16 deles - foi pesado, difícil. Mas não se compara o dia à noite que passei. Graças a Deus, estou em casa. Amanhã, recomeçamos a vida. Agora, vou dormir... Não arrisquem ir ao Centro do Rio hoje.
3. Aos professores que teriam entrevistas hoje, com a Coordenação, é extremamente imperioso que entrem em contato comigo ou amanhã, ou na quinta, ou sexta-feira. Atentem para os horários necessários: quarta: dia todo; quinta, manhã e tarde, até as 13:30. Sexta, manhã e tarde, até às 13:30. Por favor, não faltem a qualquer um desses agendamentos.
O RIO DE LUTO
- já chegam a 133 as mortes (18:27 - 07/04).
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Coordenação Geral Acadêmica
Coordenação Geral Acadêmica
Sabe, Deus é grande. Deu uma noite dura até para vc pensar e digerir tudo que ouviu e viu. Também vc pode perceber que o mais importante de tudo, além da sua vida, ainda estava bem longe de vc que é a sua família, sua esposa e seus filhos, sua casa, seu abrigo.
ResponderExcluirQuando precisarmos de algo, de sair da cidade, do país, quando adoecermos, ficarmos sem emprego, sem paz e sem nenhum amigo ainda teremos os nossos amados e com eles contaremos.
Deus o guardou e DESCANSE.
BJS
Que bom que você chegou em casa seguro, Osvaldo.
ResponderExcluirDescanse!
Um abraço,
Elias
(O Rio também carece de obras pesadas
de infraestrutura, e não apenas a terra
do Zé Alagão...)
É verdade, Elias. Mas uma dessas, nunca vi...
ResponderExcluirMas é um "mané" mesmo! (são tolerados xingamentos nesse site?!rs.)
ResponderExcluirOsvaldo, porque não me ligou?! Acredito que teria sido muito mais fácil você passar as 12 horas descansando aqui em casa - DO LADO DO SEMINÁRIO!!! - do que submerso e sedento dentro de seu velho companheiro forte, não acha?
Rapaz, aproveita essa fase difícil que estás passando em seu emprego e aprenda a contar com seus amigos que lhe querem tão bem quanto sua família!
Já to ficando repetitivo de tanto te falar que pode contar comigo para qualquer coisa!
Se liga, mano! rs.
Grande abraço, amigo!
Daniel.
Prof. Osvaldo, Saúde!
ResponderExcluirHavia entendido que as aulas seriam suspensas por toda esta semana. Entendi mal?
Bom descanso!
Prof. Ricardo