quarta-feira, 24 de março de 2010

(2010/012) O Prédio do Curso de Música


1. Olá, Colina! Ontem, mais uma vez, para "descansar" da alimentação do sistema e-MEC (nossa rede é tão lenta que, entre uma atualização e outra do sistema, enquanto esperava a página atualizar, acabei coxilando na cadeira!), fui ao Prédio de Música. Westh Ney foi me mostrando uma série de coisas. Não entrei em todas as salas, mas o que eu vi já dá uma dó danada...

2. As salas de aulas individuais de piano, que dão para o pôr-do-sol, não têm climatização. Lá estava um aluno, estudando, dedos pra cá, dedos pra lá. Lá fora, 39 graus celsius... E lá dentro? Olhei-o por um tempo, pelo quadradinho de vidro da porta. Emocionei-me. Eis aí mais um item pra enorme lista de nossos problemas de instalação e equipamentos. Mas o moço tão concetrado estava que nem se deu por mim a espiá-lo...

3. Depois, fui à sala de professores. Livros num armário de três metros de altura. Precisam ir para a biblioteca. Que não comporta mais nada... A conta não fecha...

4. Depois fui à sala dos "instrumentos". Baterias, xilofones, metalofones, guitarra, flautas alemãs. Não tem estante na sala. A guitarra, fica no chão. Parece que está "torta". A do meu filho, com o braço empenado, só jogando no lixo - o conserto é mais caro do que uma nova - será o caso dessa? As flautas, em cima de um suporte. O material de musicalização, em sacos de supermercado... Dó. Muita dó.

5. Depois, fui a uma sala que mais parece um depósito. Tem harmônicos, mas, mesmo para um leigo como eu, me pareceu muito mal instalados. Em torno deles, como os serafins, em torno de Adonai, montueiras de caixas de partituras, de revistas de música, de livros doados, que demandam trabalho técnico de classificação, separação, distribuição, destinação, arquivo... Dó. Muita dó.

6. Mas dó não leva ninguém pro céu... Temos que fazer algo a respeito. A primeira coisa, sim, é ter dó, porque, se não nos comovem essas coisas, já é de pedra que se fez nosso coração.

7. Todavia, precisamos nos concetrar em soluções concretas para essas situações constrangedoras. Registro que esse item já está na minha lista. Deve constar da sua também...


OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Coordenação Geral Acadêmica

2 comentários:

  1. Èta Osvaldo....

    Há coisa boa nisso tudo: alguém olhou por nós..alguém que não os do prédio, apareceu por lá, com interesse, com preocupação e olhou.

    Há coisa boa nisso....

    Antes era dó e solidão. Parece que um dos problemas se resolveu: não estamos sós!!!

    obrigada,

    Stella Junia

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  2. Corrigindo, Stella: é alguém "do Prédio, sim" :o) Não é alguém "de fora", não...

    De qualquer forma, é preciso, sim, olhar aquele prédio com carinho. Mas cá entre nós - ele está bonitinho. A decoração interna é de bom gosto. Mas o esqueleto é que precisa de urgente correção. Acho que descobrirei mais coisas tristes quando descer aos pisos inferiores. Não pouparei energias para dar conta disso. Como disse, dó não leva ninguém pro céu. Escrever sobre a dó não me faz melhor do que ninguém. E, corrigir o que precisa corrigir só fará de mim alguém que fez o que deve fazer. Só peço a Deus que as condições me sejam dadas, porque além de dó, boa vontade só não basta...

    Amo você. Seu amigo, Osvaldo.

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