sábado, 27 de março de 2010

(2010/023) Tenho que ter cuidado com as orações que faço


1. Ontem, ou no ontem de ontem, orei mais ou menos asim:

Estou dando um doce pra quem me disser um único ponto positivo para o regime de contratação horista para professores. Um, não: dois doces! Celeste me deu aqui uma caixa de Lacta, e, em vez de eu comer tudo sozinho, dou dois bombons pra quem souber me dizer isso. Há uma semana estamos tentado marcar uma reunião - inicial - com o GT da Área de Pesquisa Científica, e não conseguimos, porque, e isso é absolutamente compreensível, cada um só pode num dia e num horário que não bate com o dia e horário do outro. Valha-nos Deus! Não é à toa que levamos uma canetada do MEC daquelas bem feias, horríveis, monstruosas, porque nosso corpo docente é horista! Não é perseguição do MEC- é a mais pura obviedade, ululante obviedade: como pôr reunidos, para planejamento e discussão, um grupo de professores que nunca podem se encontrar? Volta, Jesus, que assim tudo se resolve... "São Davidson", socorrei-nos...
2. O quê? Se isso era uma oração? Ué? E existe um modo "certo" de orar? Essa era uma oração, porque desabafo de filho, quando ouvido pelo pai, é oração, ora bolas! Só se seu pai for um insensível...

3. Mas, vem cá, você não vai acreditar. Nem eu, quase, acredito: a partir de segunda, está dado o tiro de partida para a transformação de nosso regime de trabalho de quase 100% horista para quase 100% de dedicação... integral. Não apenas essa transformação radical servirá para atender à meta-Guinness do Conselho, como a FABAT estará pronta, com isso, prontinha, para receber um Mestrado CAPES. Se não tiver nenguém aí do seu lado para beliscar você, morde o lábio... se doer, você não está sonhando... Se é pra sonhar, camarada, que o sonho seja da altura de sua coragem!


OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Coordenador Geral Acadêmico

2 comentários:

  1. Osvaldo!
    A notícia é inacreditável. Está começando um novo tempo. Pode contar comigo.

    Prof. De Bonis

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  2. Amigo De Bonis, contamos com todos. O difícil, e alguém da academia, como você, deve imaginar, é que cada um de nós tem um destino diferente nessas reformulações institucionais. Numa situação-limite, como essa, não é diferente. Que Deus nos ajude a ser sábios e cuidadosos, evetualmente, até, amorosos, sem a aviltante hipocrisia comesinha das encenações gerenciais do mundo dos negócios. Haverá cortes, você sabe, e não serão poucos. Os que ficarem deverão ser muito gratos a Deus, e, ao mesmo tempo, ser tomados de tristeza pelos que não vão ficar. Esse misto de alegria e dor é difícil de administrar. Até um "graças a Deus" que você diga, por ter ficado, corre o risco de assumir contornos de impassividade. Acho que todos vamos ficar dez anos mais velhos durante essas duas próximas semanas. Já envelheci três, de ontem pra hoje.
    No final, contudo, a Colina sairá imensa, colossal, menor apenas que o Responsável por sua ressurreição gloriosa...

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