1. Não há a menor dúvida: há pecado na Colina. Arrependimento é a primeira coisa a se fazer. Mas não é toda a coisa a se fazer. Chorar, agora, é necessário, mas, mais ainda, corrigir o pecado. Não é um pecado de um só pecador - é um pecado coletivo. Por isso é fácil para ele criar raízes, como um câncer que se espalha no corpo.
2. Descrevo-o sucintamente. O Seminário criou uma dívida, hoje, de R$ 4.000.000,00, fruto de uma sangria, de uma hemorragia, de uma desinteria, do rompimento de todos os vasos do corpo da Colina. É uma herança antiga, porque fruto de circunstâncias e cenários históricos não só do próprio Seminário, mas de toda a estrutura da CBB. Todavia, conquanto seja histórica a doença, a metástase é mais recente. Agravou-se o mal nos últimos anos, e é dever de todos nós, fora do contexto das ações terapêuticas, debruçarmo-nos sobre as razões, seja da doença em si, seja de seu agravamento agudo mais recente.
3. O pecado, pois, é esse: permitir-se que o passivo chegasse a essa montanha de dinheiro - e aumentará, não tenham dúvida. As demissões, que esse pecado impõe, acrescentarão muitos milhares de reais a esses milhões.
4. O que se faria, na Colina, com esses R$ 4.000.000,00? Todos os problemas de infra-estrutura seriam sanados: 1) substituição de toda rede elétrica; 2) climatzação da Capela; 3) informatização da biblioteca; 4) aumento da capacidade do acervo da biblioteca; 5) aumento do acervo da biblioteca; 6) reforma em todos os prédios, inclusive, da Capela; 7) modernização das instalações e climatizaão das salas de aula; 8) substituição do sistema operacional do Seminário; 9) substituição do parque de informática; 10) aquisição de van para transporte, dado o aclive considerável da Colina... E sobraria...
5. Mas os R$ 4.000.000,00 foram pro ralo. Para desentupir o ralo, vai-se vender parte da propriedade. A metade do valor da parte a ser vendida, já foi, por assim dizer, queimada nessa sangria desenfreada. Está certo que a Diretoria da CBB e o Conselho operam, no momento, uma intervenção duríssima, chocante, agressiva até: para alguns, quase "adversária". Contudo, cada dia sem que se tomem medidas de fato, somam-se R$ 5.000,00 àquele pecado. A cada mês, somam-se R$ 150.000,00 àquele pecado. Chegaríamos ao final do ano com um pecado da monta de R$ 5.350.000,00.
6. É por isso que não desabei diante das metas. Duras, pesadas, ordenadas em clima quase belicoso (esse clima belicoso, sim, podia ter sido diferente - seria bem melhor que estivéssemos todos verdadeiramente juntos nesse processo terapêutico, sem necessidade do jogo do "nós" e "eles" que se instalou). Apesar de duras, no entanto, são corretas. No fundo, no fundo, tem-se de fazer o que tem de ser feito. O corpo gangrenou. Ou corta-se a perna, ou enterra-se o corpo todo, amanhã. O problema é que a perna, coitada, essa parte que vai ser cortada à faca, se ela teve pecado, foi o de ter assistido de camarote à sangria do doente, omissão tanto mais grave pelo fato de ser ela, a perna apenas omissa, a responsável por grande parte da sangria que as gestões não estancaram, conquanto nem exatamente por isso seja ela responsável... Agora é ela quem vai pagar parte considerável da conta. Se já não toda. Houve pecadores por ação, e houve pecadores por omissão. Os omissos começam a pagar sua cota de responsabilidade... A Colina é, hoje, uma assembléia de pecadores. Nada mais propício, pois, para a graça de Deus.
7. Perdoa-nos, Deus, esse pecado. E perdoa, também, ó Pai, os milhares de pecados que se escondem debaixo dele. A começar pelos meus.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Coordenador Geral Acadêmico
2. Descrevo-o sucintamente. O Seminário criou uma dívida, hoje, de R$ 4.000.000,00, fruto de uma sangria, de uma hemorragia, de uma desinteria, do rompimento de todos os vasos do corpo da Colina. É uma herança antiga, porque fruto de circunstâncias e cenários históricos não só do próprio Seminário, mas de toda a estrutura da CBB. Todavia, conquanto seja histórica a doença, a metástase é mais recente. Agravou-se o mal nos últimos anos, e é dever de todos nós, fora do contexto das ações terapêuticas, debruçarmo-nos sobre as razões, seja da doença em si, seja de seu agravamento agudo mais recente.
3. O pecado, pois, é esse: permitir-se que o passivo chegasse a essa montanha de dinheiro - e aumentará, não tenham dúvida. As demissões, que esse pecado impõe, acrescentarão muitos milhares de reais a esses milhões.
4. O que se faria, na Colina, com esses R$ 4.000.000,00? Todos os problemas de infra-estrutura seriam sanados: 1) substituição de toda rede elétrica; 2) climatzação da Capela; 3) informatização da biblioteca; 4) aumento da capacidade do acervo da biblioteca; 5) aumento do acervo da biblioteca; 6) reforma em todos os prédios, inclusive, da Capela; 7) modernização das instalações e climatizaão das salas de aula; 8) substituição do sistema operacional do Seminário; 9) substituição do parque de informática; 10) aquisição de van para transporte, dado o aclive considerável da Colina... E sobraria...
5. Mas os R$ 4.000.000,00 foram pro ralo. Para desentupir o ralo, vai-se vender parte da propriedade. A metade do valor da parte a ser vendida, já foi, por assim dizer, queimada nessa sangria desenfreada. Está certo que a Diretoria da CBB e o Conselho operam, no momento, uma intervenção duríssima, chocante, agressiva até: para alguns, quase "adversária". Contudo, cada dia sem que se tomem medidas de fato, somam-se R$ 5.000,00 àquele pecado. A cada mês, somam-se R$ 150.000,00 àquele pecado. Chegaríamos ao final do ano com um pecado da monta de R$ 5.350.000,00.
6. É por isso que não desabei diante das metas. Duras, pesadas, ordenadas em clima quase belicoso (esse clima belicoso, sim, podia ter sido diferente - seria bem melhor que estivéssemos todos verdadeiramente juntos nesse processo terapêutico, sem necessidade do jogo do "nós" e "eles" que se instalou). Apesar de duras, no entanto, são corretas. No fundo, no fundo, tem-se de fazer o que tem de ser feito. O corpo gangrenou. Ou corta-se a perna, ou enterra-se o corpo todo, amanhã. O problema é que a perna, coitada, essa parte que vai ser cortada à faca, se ela teve pecado, foi o de ter assistido de camarote à sangria do doente, omissão tanto mais grave pelo fato de ser ela, a perna apenas omissa, a responsável por grande parte da sangria que as gestões não estancaram, conquanto nem exatamente por isso seja ela responsável... Agora é ela quem vai pagar parte considerável da conta. Se já não toda. Houve pecadores por ação, e houve pecadores por omissão. Os omissos começam a pagar sua cota de responsabilidade... A Colina é, hoje, uma assembléia de pecadores. Nada mais propício, pois, para a graça de Deus.
7. Perdoa-nos, Deus, esse pecado. E perdoa, também, ó Pai, os milhares de pecados que se escondem debaixo dele. A começar pelos meus.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Coordenador Geral Acadêmico
Amém!
ResponderExcluirAmém!
ResponderExcluirComo a única coisa que pode ser dita é amém, que assim seja em hebraico.
ResponderExcluirLeo