sábado, 10 de abril de 2010

(2010/079) Informações provisórias


1. Bom dia e bom sábado a todos e a todas. Acabo de conferir a planilha de créditos da FABAT. Ela informa a quantidade de créditos a serem obrigatoriamente oferecidos a estudantes, nos três cursos, nos três turnos, e em todas as modalidades oferecidas. O total é: 473,25. Se considerarmos que fosse - mas não é - possível manter apenas professores com regime de dedicação 40 horas, em tese seriam necessários 24 professores - com carga de 20 horas cada. Uma vez que o Acordo Coletivo de Trabalho flexibilizará a cláusula de barreira das 20 horas - condição sine qua non para a manutenção do Seminário, ao menos até daqui a um ano, pelo menos -, passariam a ser necessários "apenas" 16 professores.

2. No entanto, não será possível manter apenas professores de 40 horas. Primeiro porque há créditos muito específicos, de modo que quem leciona tal ou tais disciplinas não tem condições de formação para assumir 20 ou 30 créditos. Logo, terão de permanecer horistas. Além disso, há professores que são fundamentais para os cursos, mas não podem assumir 30 créditos, e vão "para o sacrifício" de 20 (alguns, nem 20 podiam.. - mas não haverá exceções desse tipo). Assim, não é possível dizer exatamente qantos professores permanecerão, mas, sem grande probabilidade de erro, o número ficará entre os 16 necessários e, no maximo, 25. Isso significa um corte extraodinariamente grande.

3. Ainda falta a parte mais difícil - decidir quem fica e quem não fica. Não decidirei isso sozinho. Prepararei uma proposta para a Direção, utilizand0-me de critérios próprios da Cordenação, tendo como auxílio alternativo os critéros votados pelo corpo discente. A proposta será avaliada pela Direção da Casa, a quem cabe a decisão institucional interna, mas que, certamente, deverá homologá-la junto à Diretoria da CBB. Isso deve acontecer ainda essa semana. Eu pretendo ter a minha relação já na segunda - no máximo, na terça, se eu não decidir investir meu descanso nessa tarefa tão pesada. Talvez não deva.

4. Nesse momento, permito-me um arroubo místico. Não há como termos certeza de se tomaremos a decisão correta. Cabe "orar", agora, para que a direção da Casa tome a direção correta- mas qual é ela? Quando eu estiver decidindo, no momento em que estiver decidindo, pedirei a Deus que eu esteja, então, fazendo a coisa certa. E, depois que tiver entregado a lista a Davidson, direi a Deus que meu desejo é o de que se tenha feito a coisa certa. Na prática, espero sinceramente que as decisões, sejam quais forem, repercutam no resultado que esperamos: salvar a Colina, que está tecnicamente "falida", precisando de uma ressuscitação. Havemos de confessar, e confesso, que quem se levantará, agora, do leito, é uma espécie de "monstro de Frankstein", com uma folha de pagamento "remediada" por meio de um Acordo Coletivo de Trabalho que não põe a Casa a salvo, nem é o desejável (pelo contrário), mas que nos dá a necessária sobrevida, sem a qual, porém, as portas de 102 anos da Colina se fechariam definitivamente.

5. Precisamos, depois de tomada a losna amarga dos cortes - e, em minha vida profissional, nunca vi um corte tão drástico e dramático como esse que acontecerá -, reformular as classes, eventalmente os horários, e, passado esse momento, atacar visceralmente a chaga que nos acomete: a diminuição de alunos. Precisaremos aumentar de imediato a quantidade de alunos, sem aumentar, necessariamente, os cursos, porque isso implicaria em aumentar a Folha, e trocar seis por meia dúzia. Queremos novos cursos, e os teremos - por exemplo: básico em música, educação religiosa, gestão da música na igreja, tudo em nível de cursos de extensão (livres), mas eles só serão abertos com um absolutamente considerável "superávite" de matrículas, logo, de caixa. A ênfase será, antes disso, aumentar as matrículas nos cursos já exitentes, para recperar o fôlego financeiro e recontratar os professores demitidos, no limite do retorno dos contratos existentes ao nível sindical. Não poderemos manter o Acordo Coletivo de Trabalho por muito tempo.

6. Apelamos a todos que orem. Apelamos a todos que nos ajudem. Se as igrejas do Grande Rio dicidirem apoiar a Colina com o envio de um aluno cada, e, aquelas que podem, mais de um, e, ainda, aquelas que podem, assumindo o envio daquelas que não podem, teremos vencido honrosamente a fase mais difícil dos 102 anos da Colina. Faremos a nossa parte - mas é hora de todos fazerem a sua. Por favor - façam!


OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Cordenação Geral Acadêmica

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