1. A Coordenação recebeu a seguinte observação: "teria sido melhor nada dizer aos professores sobre as demissões, já que pode ser que nada venha a se concretizar". Uma vez que a mesma percepção pode estar se desenhando entre os freqüentadores da Colina, a Cordenação esclarece:
a) a despeito de serem soluções também postuladas pela Coordenação e pela Direção do Seminário, nenhuma das decisões que vierem a ser tomadas o serão por decisão dessa instância da gestão da Colina, mas por deliberação e instrução da Diretoria da CBB. Assim, haverá sempre um hiato entre o planejamento interno, a sua democratiziação transparente e a sua execução efetiva, uma vez que, entre um e outro, haverá que se recorrer à deliberação superior - e nos termos de seu calendário e regime de tempo. A situação de "espera" em que a Colina se encontra em face das demissões deve-se justa e unicamente a esse hiato.
b) a Coordenação e a Direrção do Seminário entendem que não há outra solução - ao menos não prevista, não estudada, não sobre a mesa - para contornarem-se os problemas financeiros da Colina. A "espera" pela decisão final da Diretoria da CBB não deve ser interpetada, necessariamente, como a possibilidade de um recuo da decisão anterior. Apenas uma alternativa se impõe às demissões - como até aqui tem feito e, por decisão sua, o fará até 03/2010, a CBB arcar com o desequilíbrio financeiro da Colina - R$ 150.000,00 mês, em média - até que Seminário se re-equilibre - prazo de não menos de seis meses, talvez um ano, talvez mais, sem as demissões, a depender apenas de gestões de incremento de receita, sem corte de despesas.
c) nesse caso, a decisão que cabe à Diretoria da CBB, nesse momento, é se as demissões vão ocorrer "agora", ou em julho, apenas. A Cordenação não tem nenhuma informação quanto a outro cenário qualquer que substituísse esse até agora exaustivamente trabalhado.
d) quanto à transparência, ela não era imprescindível nem necessariamente necessária. A Coordenação poderia ter operado tudo em gabinete, e, na manhã do dia D, informar a quem de direito. Preferiu-se assumir o caminho mais delicado da transparência. Uma vez que aquele hiato entre a decisão interna e a deliberação superior se impõe, e ainda uma vez que a deliberação superior pode adiar as ações, be como alterá-las, há que se trabalhar com o risco de um regime de espera e de relativa intranqüilidade, cujo remédio seria o absoluto desconhecimento dos interessados - não-transparência. Prefiro um aumento de estresse, com ciência, do que uma falsa "tranqüilidade", na ignorância. Contudo, não posso controlar o processo em seus mínimos detalhes. Insisto: tomem cada dia desses dias como "pedagógicos" - aprendam com eles, aprendam como se faz, como não se faz, como agir, como não agir: é provável que, amanhã, vocês (pedagogos, teólogos, músicos, professores, gestores) estejam dependendo de terem aprendido como agir em situações assim, porque estarão no meio de situações semelhantes, mas "do lado de cá"...
e) a semana que se abre hoje deverá proporcionar a decisão de tempo da CBB, se as demissões ocorrerão "agora" ou somente em "julho". A Coordenação deseja que aconteçam agora, mas não pode assegurar que ocorram já. A Coordenação prefere que ocorram agora, porque: 1) se não ocorrerem, o Seminário vira no vermelho em R$ 150.000,00 todo mês (R$ 750.000,00 até agosto!, R$ 450.000,00 até junho!), e já não haverá como pagar 2/3 ou mais da folha de abril (vencimento maio), de modo que se perde definitivamente a chance de atingir as metas de agosto; 2) o "custo" das demissões independe de serem feitas agora ou em julho: a única diferença relevante é que os professores demitidos receberão os saláros até julho (regra da legislação), e isso poderia ser considerado "absurdo" - no entanto, a porção desses salários será absorvida pelos professores que lecionarão essas disciplinas nos termos do Acordo Coletivo, e não haverá novo custo sobre elas, ou seja, não há economia nem prejuízo financeiro (aumento de custo) entre a escolha de agora e de julho; 3) finalmente, será muito constrangedor manter professores demissionários em sala de aula até julho - do ponto de vista pedagógico, não é aconselhável. Todavia, a decisão não cabe à Coordenação, nem parece caber à Direção da Colina - cabe à Direção Executiva da CBB.
2. Insisto: a transparência é absurdamente pedagógica. Não se pode pretender transparência e absoluto controle dos processos. O elemento pedagógico da transparência da Coordenação é justamente proporcionar aos futuros gestores educacionais, eclesiásticos etc. a experiência de lidar com rotinas de gestão que fogem ao controle absoluto, mas que fazem parte da essência da gestão. Se o processo fosse mecânico, linear, previsível, bastaria automatizar o sistema. A gestão deve ser feita por "pessoa humana", justamente porque se precisa corrigir - com prudência, paciência, bom senso, equilíbrio, moderação, conquanto, com firmeza e determinação e responsabilidade - cada passo, cada ação, cada gesto à luz das transformações ecológicas dos processos. Gestão não é magia, é adpatação à luz dos objetivos, dos limites e da esperança.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
a) a despeito de serem soluções também postuladas pela Coordenação e pela Direção do Seminário, nenhuma das decisões que vierem a ser tomadas o serão por decisão dessa instância da gestão da Colina, mas por deliberação e instrução da Diretoria da CBB. Assim, haverá sempre um hiato entre o planejamento interno, a sua democratiziação transparente e a sua execução efetiva, uma vez que, entre um e outro, haverá que se recorrer à deliberação superior - e nos termos de seu calendário e regime de tempo. A situação de "espera" em que a Colina se encontra em face das demissões deve-se justa e unicamente a esse hiato.
b) a Coordenação e a Direrção do Seminário entendem que não há outra solução - ao menos não prevista, não estudada, não sobre a mesa - para contornarem-se os problemas financeiros da Colina. A "espera" pela decisão final da Diretoria da CBB não deve ser interpetada, necessariamente, como a possibilidade de um recuo da decisão anterior. Apenas uma alternativa se impõe às demissões - como até aqui tem feito e, por decisão sua, o fará até 03/2010, a CBB arcar com o desequilíbrio financeiro da Colina - R$ 150.000,00 mês, em média - até que Seminário se re-equilibre - prazo de não menos de seis meses, talvez um ano, talvez mais, sem as demissões, a depender apenas de gestões de incremento de receita, sem corte de despesas.
c) nesse caso, a decisão que cabe à Diretoria da CBB, nesse momento, é se as demissões vão ocorrer "agora", ou em julho, apenas. A Cordenação não tem nenhuma informação quanto a outro cenário qualquer que substituísse esse até agora exaustivamente trabalhado.
d) quanto à transparência, ela não era imprescindível nem necessariamente necessária. A Coordenação poderia ter operado tudo em gabinete, e, na manhã do dia D, informar a quem de direito. Preferiu-se assumir o caminho mais delicado da transparência. Uma vez que aquele hiato entre a decisão interna e a deliberação superior se impõe, e ainda uma vez que a deliberação superior pode adiar as ações, be como alterá-las, há que se trabalhar com o risco de um regime de espera e de relativa intranqüilidade, cujo remédio seria o absoluto desconhecimento dos interessados - não-transparência. Prefiro um aumento de estresse, com ciência, do que uma falsa "tranqüilidade", na ignorância. Contudo, não posso controlar o processo em seus mínimos detalhes. Insisto: tomem cada dia desses dias como "pedagógicos" - aprendam com eles, aprendam como se faz, como não se faz, como agir, como não agir: é provável que, amanhã, vocês (pedagogos, teólogos, músicos, professores, gestores) estejam dependendo de terem aprendido como agir em situações assim, porque estarão no meio de situações semelhantes, mas "do lado de cá"...
e) a semana que se abre hoje deverá proporcionar a decisão de tempo da CBB, se as demissões ocorrerão "agora" ou somente em "julho". A Coordenação deseja que aconteçam agora, mas não pode assegurar que ocorram já. A Coordenação prefere que ocorram agora, porque: 1) se não ocorrerem, o Seminário vira no vermelho em R$ 150.000,00 todo mês (R$ 750.000,00 até agosto!, R$ 450.000,00 até junho!), e já não haverá como pagar 2/3 ou mais da folha de abril (vencimento maio), de modo que se perde definitivamente a chance de atingir as metas de agosto; 2) o "custo" das demissões independe de serem feitas agora ou em julho: a única diferença relevante é que os professores demitidos receberão os saláros até julho (regra da legislação), e isso poderia ser considerado "absurdo" - no entanto, a porção desses salários será absorvida pelos professores que lecionarão essas disciplinas nos termos do Acordo Coletivo, e não haverá novo custo sobre elas, ou seja, não há economia nem prejuízo financeiro (aumento de custo) entre a escolha de agora e de julho; 3) finalmente, será muito constrangedor manter professores demissionários em sala de aula até julho - do ponto de vista pedagógico, não é aconselhável. Todavia, a decisão não cabe à Coordenação, nem parece caber à Direção da Colina - cabe à Direção Executiva da CBB.
2. Insisto: a transparência é absurdamente pedagógica. Não se pode pretender transparência e absoluto controle dos processos. O elemento pedagógico da transparência da Coordenação é justamente proporcionar aos futuros gestores educacionais, eclesiásticos etc. a experiência de lidar com rotinas de gestão que fogem ao controle absoluto, mas que fazem parte da essência da gestão. Se o processo fosse mecânico, linear, previsível, bastaria automatizar o sistema. A gestão deve ser feita por "pessoa humana", justamente porque se precisa corrigir - com prudência, paciência, bom senso, equilíbrio, moderação, conquanto, com firmeza e determinação e responsabilidade - cada passo, cada ação, cada gesto à luz das transformações ecológicas dos processos. Gestão não é magia, é adpatação à luz dos objetivos, dos limites e da esperança.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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