1. Nos EUA, treinam-se cirurgiões também por meio de jogos de PC, os quais exigem agilidade manual. Fala-se de 30% de melhoria na performance dos treinandos. Particularmente eu sou muito ruim em jogos que demandam agilidade nos controles. Já meus filhos...
2. Prefiro jogos de estratégia. Um deles, Caesar IV, um simulador de "civilização", nesse caso, uma mistura de CimCity com The Sims e Roller Coster Tycoom. No caso de Caesar IV, você simula e controla a construção e manutenção de uma civilização inteira, podendo ultrapassar os 1.000.000 de habitantes.
3. Você deve construir tudo - exceto o "terreno". Em CimCity IV, até o terreno você "edita". Mas não vem ao caso. Em Caesar IV, você constrói estradas, casas, fazendas, fábricas, lojas, templos, clínicas, teatros e muito, muito mais. Tudo ambientado em Roma.
4. O que me faz escrever sobre isso é que jogar esse tipo de jogo é uma excelente ferramenta para gestão. Cada coisa que você faz tem implicações em todas as outras. Construir uma fazenda aumenta a quantidade de comida disponível, mas precisa de mais gente, de modo que você precisa de mais casas. Mas, então, você precisa de mais "saúde" - mais clínicas e hospitais e casas de banho e barbearias... -, mais educação, mais bens de consumo. Quanto a bens de consumo, tem, então, que construir centros de extração (minérios e mármore), fazendas agropecuárias, vinículas. Mas isso exige mais pessoas para trabalhar, mais casas, logo, mais comidas... Não há nenhum momento de "equilíbrio". Quando o equilíbrio chega, logo ele vai embora, pelas demandas de manutenção, pela necessidade de satisfação "cívica" dos moradores.
5. Pensar a gestão é pensar o todo e as partes como interligadas. É estar antenado na "rede" em que se constitui o espaço sob gestão - as pessoas, os interesses, as necessidades. Na maioria dos casos, as demandas são, sempre, "egoístas". É natural. Cabe à gestão contornar os interesses "egoístas", naturais, de modo que, em sendo possível a satisfação disso, não produzir efeitos negativos no todo. Às vezes é possível. Às vezes, não.
6. Além disso, quem jogo esse tipo de jogo sabe que qualquer coisa que você faça - qualquer! - tem repercussões imprevisíveis no todo. Nenhuma ação de gestão se dá isoladamente, sejam as evidentes, sejam as "escondidas". Vivemos num sistema, e a pedra que você lança aqui, produz ondas lá. Gerir não é a operação do poder de lançar pedras - "Eu posso! Eu mando!" -, mas a capacidade de, em lançando-se pedras, adminsitrar, se possível previamente, mas, de qualquer modo, em todas as circunstâncias, as ondas conseqüentes.
7. Convido cada aluno a jogar pelo menos uma vez Caesar IV ou equivalente. Passará a ter uma vi~são mais madura de gestão. Considerando-se que, mais cedo ou mais tarde, de algum modo, todos vocês, alunos, serão gestores - seria uma contribuição com o seu futuro. E, quanto ao presente, seria um excelente exemplo de como aprender... com prazer...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Coordenador Geral Acadêmico
2. Prefiro jogos de estratégia. Um deles, Caesar IV, um simulador de "civilização", nesse caso, uma mistura de CimCity com The Sims e Roller Coster Tycoom. No caso de Caesar IV, você simula e controla a construção e manutenção de uma civilização inteira, podendo ultrapassar os 1.000.000 de habitantes.
3. Você deve construir tudo - exceto o "terreno". Em CimCity IV, até o terreno você "edita". Mas não vem ao caso. Em Caesar IV, você constrói estradas, casas, fazendas, fábricas, lojas, templos, clínicas, teatros e muito, muito mais. Tudo ambientado em Roma.
4. O que me faz escrever sobre isso é que jogar esse tipo de jogo é uma excelente ferramenta para gestão. Cada coisa que você faz tem implicações em todas as outras. Construir uma fazenda aumenta a quantidade de comida disponível, mas precisa de mais gente, de modo que você precisa de mais casas. Mas, então, você precisa de mais "saúde" - mais clínicas e hospitais e casas de banho e barbearias... -, mais educação, mais bens de consumo. Quanto a bens de consumo, tem, então, que construir centros de extração (minérios e mármore), fazendas agropecuárias, vinículas. Mas isso exige mais pessoas para trabalhar, mais casas, logo, mais comidas... Não há nenhum momento de "equilíbrio". Quando o equilíbrio chega, logo ele vai embora, pelas demandas de manutenção, pela necessidade de satisfação "cívica" dos moradores.
5. Pensar a gestão é pensar o todo e as partes como interligadas. É estar antenado na "rede" em que se constitui o espaço sob gestão - as pessoas, os interesses, as necessidades. Na maioria dos casos, as demandas são, sempre, "egoístas". É natural. Cabe à gestão contornar os interesses "egoístas", naturais, de modo que, em sendo possível a satisfação disso, não produzir efeitos negativos no todo. Às vezes é possível. Às vezes, não.
6. Além disso, quem jogo esse tipo de jogo sabe que qualquer coisa que você faça - qualquer! - tem repercussões imprevisíveis no todo. Nenhuma ação de gestão se dá isoladamente, sejam as evidentes, sejam as "escondidas". Vivemos num sistema, e a pedra que você lança aqui, produz ondas lá. Gerir não é a operação do poder de lançar pedras - "Eu posso! Eu mando!" -, mas a capacidade de, em lançando-se pedras, adminsitrar, se possível previamente, mas, de qualquer modo, em todas as circunstâncias, as ondas conseqüentes.
7. Convido cada aluno a jogar pelo menos uma vez Caesar IV ou equivalente. Passará a ter uma vi~são mais madura de gestão. Considerando-se que, mais cedo ou mais tarde, de algum modo, todos vocês, alunos, serão gestores - seria uma contribuição com o seu futuro. E, quanto ao presente, seria um excelente exemplo de como aprender... com prazer...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Coordenador Geral Acadêmico
Concordo
ResponderExcluirMeu filho tem este site de vendas de jogos. Em Fortaleza os dois são feras nestes.
Os netos mais velhos estão iniciando.
http://www.jmgames.com.br/