terça-feira, 30 de março de 2010

(2010/041) A Coordenação, não!


1. Terminada a segunda reunião-bomba com os alunos, dessa vez, os do turno da tarde, a Coordenação foi interpelada, num cantinho, educada e delicadamente, por uma flor de criatura - sem ironia: "Osvaldo, vocês estão trabalhando para fechar o Seminário?". O "vocês", aí, significa a Coordenação e o Diretor. Minha resposta foi, automaticamente, um sonoro não. Em nenhuma hipótese, a Coordenação está trabalhando para o fechamento do Seminário - ao menos não programaticamente, não intencionalmente, não conscientemente, não que eu saiba. Se as ações determinadas pelo Diretor, por sua vez sob ordens do Conselho, convirgirão para isso, permito arriscar dizer que "só Deus sabe". Se o próprio Conselho tem essa intenção, bem, além, de Deus, só o Conselho o sabe. Disso, eu não sei. Eu não tenho a mínima idéia - conquanto as metas sejam tão difícieis que inspiream conclusões (desconfianças) dessa monta. No entanto, pode-se dizer que as metas sãoo difícieis por uma outra explicação muito mais simples: a situação do STBSB é extremamente grave. Para doença grave, remédio amargo.

2. Como eu trabalho na linha de frente, perguntei ao meu Diretor o que era para eu fazer de fato: se era para trabalhar para a construção, ao preço necessário, do equilíbrio da Instituição, eu faria. Se fosse para trabalhar para o fechamento da Casa, eu igualmente o faria. Uma vez que as ordens sejam administrativamente exeqüíveis, e dentro da ótica do "se eu não fizer, outro faz, então faço eu", eu trabalharia para o cumprimento da determinação da Direção. Eu só preciso de transparência, franqueza, olho no olho, essas coisas cada vez mais raras hoje em dia. Todavia, o Senhor Diretor me disse que era para eu trabalhar para o equilíbrio da Casa, que era isso que ele queria, porque, quando chegar agosto, o que ele quer é ter cumprido todas as metas. Ora, é exatamente isso o que eu queria fazer e estou fazendo. Tanto melhor.

3. Isso resume, para mim a questão. E, no que me diz respeito, estou trabalhando para alcançar o equilíbrio financeiro da Instituição. Essa é a razão das duas reuniões feitas até aqui, e a da terceira, logo mais. Não está em discussão, nessa Administração, nem nunca foi discutido por ela, nem nunca se cogitou dessa hipótese - fechar o Seminário. Até o último momento, trabalharemos para a sua viabilização, para o seu equilíbrio, para o seu salvamento. Se o seu fechamento acabar se dando por meio de nossas mãos, não terá sido nem por meio de nossas consciências, muito menos por meio de nossos corações. Outras são as consciências e outros são os corações por isso eventualmente responsáveis - em sendo o caso. Oxalá, não.


OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Coordenação Geral Acadêmica

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